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Mortes violentas no Espírito Santo sobem para 95

Segundo presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), "ordem velada" do Governo do Espírito Santo está impedindo a atualização dos dados

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h58 - Publicado em 8 fev 2017, 15h56
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  • O número de mortes violentas na Grande Vitória subiu para 95 nesta quarta-feira. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol), Jorge Leal. Segundo ele, as planilhas deixaram de ser atualizadas nesta manhã. “Estou recebendo a informação de policiais de que houve a determinação para que parassem de atualizar os dados. Não foi uma ordem explícita, mas uma ordem velada que partiu do governo. Estamos tentando obter os dados extraoficialmente”, afirmou Leal.

    Ainda de acordo com o presidente do sindicato, 60 carros foram roubados ou furtados até o meio-dia desta terça-feira. Na véspera, tinham sido 200. A média diária para o estado é de 20 veículos roubados. Desde a manhã de sábado, policiais militares do Espírito Santo estão aquartelados, em protesto às condições salariais da categoria, há quatro anos sem aumento.

    Leal está no velório do investigador Mário Marcelo Albuquerque, morto nesta terça-feira, em Colatina, noroeste do Espírito Santo. Ele e um colega chegavam à localidade de Baunilha, quando viram um homem sofrendo assalto. Albuquerque reagiu e foi atingido. A região de Colatina também está sem policiamento por causa do protesto da PM.

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    “A culpa não é da paralisação dos policiais militares, mas dessa política do governo, de não valorizar a Segurança Pública. As polícias estão sucateadas, não temos policiais suficientes e o governo não concede nem o direito trabalhista que é a recomposição salarial. Estamos sem aumento salarial há sete anos e há quatro não temos nem sequer o reajuste da inflação. Isso gerou esse clima de insegurança. É uma tragédia anunciada e o governador não dialoga”, afirmou Leal.

    O movimento dos policiais, proibidos constitucionalmente de fazer greve, foi considerado ilegal pela Justiça do Espírito Santo. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o governador em exercício, César Colnago (PSDB), atribuiu a manifestação à lideranças políticas.

    (Com Estadão Conteúdo)

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