Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Mônica Moura detalha R$ 20 milhões em caixa dois a Haddad

Em depoimento à Polícia Federal na capital junto com João Santana, ela detalhou que parte não contabilizada deveria ter sido paga pelo PT e pela Odebrecht

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 12 dez 2017, 14h55 - Publicado em 12 dez 2017, 10h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os marqueteiros das campanhas petistas João Santana e Mônica Moura voltaram a relatar à Polícia Federal (PF) que receberam R$ 20 milhões em caixa dois pela campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), em 2012. Eles prestaram depoimento na superintendência da PF, na Zona Oeste de São Paulo.

    Em acordo de delação premiada, Mônica afirmou que a campanha do petista custou ao todo R$ 50 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram pagos de forma oficial pelo PT e R$ 20 milhões por meio de caixa dois. À PF ela reiterou a versão e disse que a parte não contabilizada deveria ter sido paga pelo PT (R$ 5 milhões) e pela Odebrecht (R$ 15 milhões).

    A empresária disse que a empreiteira pagou sua parte, mas o PT não. A dívida do partido, então, teria sido paga pelo empresário Eike Batista, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pagamento no exterior teria sido acertado diretamente com o executivo Flávio Godinho, homem de confiança do empresário.

    Segundo Mônica, fez um trabalho de trabalho de três páginas, “bem simplesinho”. “Esse trabalho existiu, no fim das contas, porque o João fez um trabalho primoroso de pesquisa e contextualização de uma empresa que o Eike queria montar na Venezuela, em Angola, ligada a petróleo e energia”, contou Mônica à polícia.

    A empresária disse não ter a “menor noção” de qual tipo de negócio que Eike poderia ter que o interessasse a pagar a dívida de uma campanha de Haddad. “Na verdade, ele nem sabia que estava pagando a campanha do Haddad, ele estava pagando uma dívida do PT. Eu imagino hoje, lendo tudo que eu leio. Ele estava pagando uma dívida do PT”, afirmou a mulher de João Santana.

    Defesa

    A assessoria do ex-prefeito se manifestou-se por meio de nota. “A declaração de Mônica Moura à Polícia Federal provoca estranheza. A Odebrecht teve suas principais ambições na cidade de São Paulo contrariadas pela administração Haddad. O túnel da avenida Roberto Marinho foi cancelado em março de 2013 e a recompra das CIDEs da Arena Corinthians foi rechaçada pela gestão”.

    “Segundo o ex-advogado da Odebrechet, Rodrigo Tacla Duran, em depoimento a CPI do Congresso, na condição de testemunha, os pagamentos realizados no exterior eram relativos a campanhas presidenciais de 2012, em países onde a empreiteira pretendia atuar”. A assessoria do ex-prefeito também afirmou que a acusação feita pelo casal é falsa. “E reafirma que nunca teve qualquer contato com o empresário Eike Batista e desconhece qualquer projeto de sua iniciativa na cidade”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.