O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou mais duas vezes João Teixeira de Faria, médium conhecido como João de Deus, nesta quinta-feira 24. Ele é acusado de outros cinco casos de estupro de vulnerável e também de posse ilegal de armas de fogo.
O MP-GO pediu que seja decretada mais uma vez a prisão preventiva de João de Deus, assim como o bloqueio de recursos do médium para garantir eventual ressarcimento às vítimas em caso de reparação de danos. Em nota, a Promotoria afirma que as cinco denunciantes de crimes sexuais citadas na denúncia tinham entre 23 e 38 anos à época dos fatos, que teriam ocorrido entre março de 2010 e julho de 2016.
Outras seis mulheres que alegam ter sido molestadas pelo médium não tiveram os casos incluídos por já terem prescrevido, mas foram citadas na ação como testemunhas. A acusação sobre posse ilegal de armas inclui também a mulher dele, Ana Keyla Teixeira.
A investigação apreendeu cinco amas no quarto do casal, “três delas de uso permitido e duas de uso restrito ou proibido”, sendo que, dessas, uma não possuía identificação e a outra estava sem número de série.
Filho
O Ministério Público também denunciou Sandro Teixeira de Oliveira, filho de João de Deus, sob acusação de “coação no curso do processo e corrupção ativa de testemunha.” Segundo os promotores, Sandro Teixeira estava armado quando coagiu uma testemunha um dia após ela ter comparecido à delegacia.
Além da coação, o MP-GO afirma que “Sandro teria oferecido vantagens para obter o silêncio dessa testemunha, oferecendo pedras que seriam preciosas”.