O Estado de Minas Gerais registra sessenta ataques a ônibus ocorridos em 29 cidades. A atualização dos números foi divulgada nesta quarta-feira pela Polícia Militar. De acordo com a PM, por motivos estratégicos e operacionais sugeridos pela Polícia Federal, que também está colaborando com as investigações, não serão apresentados detalhes sobre os últimos ataques.
No fim da tarde de terça-feira, o governador Fernando Pimentel (PT) havia informado em coletiva de imprensa que havia registros de 51 queimas de veículos ocorridas em 26 municípios. Pouco antes a PM havia contabilizado pelo menos 35 registros de incêndio.
O governador explicou que as polícias Militar, Civil e Federal informaram que os atentados foram feitos por “facções criminosas”, em resposta ao fato de Minas Gerais ter “um dos sistemas penitenciários mais rigorosos do país”.
“Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para nenhuma organização criminosa. E é por isso que nós estamos pagando esse preço, sofrendo ameaças e sendo atacados. A política carcerária em Minas é uma política que cumpre rigorosamente a lei. Estamos tomando todas as providências para coibir esse tipo de crime”, disse o governador.
Pimentel acrescentou que as investigações correm sob sigilo e que agentes à paisana estão sendo colocados em ônibus. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, a PM já está coletando dados junto às pessoas que foram presas, na tentativa de se chegar “à célula dessas organizações criminosas” responsáveis pelos atentados.