Mais vítimas do ataque à creche em Janaúba (MG), que já registou seis mortes – cinco crianças e uma professora -, foram encaminhadas ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na região centro-sul de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira. De acordo com o hospital, que é referência em tratamento de queimaduras, desde as 7 horas da manhã, três crianças chegaram ao estabelecimento e outras duas professoras devem chegar por volta do meio-dia. Ao todo, o hospital, que está preparado para tratar até dezesseis vítimas, já abriga onze, em sua maioria crianças.
Ataque
Segundo a assessoria da Polícia Militar de Minas Gerais, cinco crianças, com idades aproximadas de 4 anos, morreram queimadas e uma foi reanimada no hospital após o vigia da escola atear fogo nelas e, em seguida, em seu próprio corpo. Além das crianças, uma professora morreu. Segundo o Corpo de Bombeiros de Janaúba, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, o vigia da escola, foi encaminhado ao hospital com queimaduras graves em todo o corpo e morreu na tarde desta quinta.
Segundo a prefeitura, Santos estava de férias em julho e agosto. Quando deveria voltar ao trabalho, em setembro, apresentou um atestado dizendo que estava com problemas de saúde. Segundo funcionários, nesta quinta-feira ele foi à creche e disse que iria entregar um novo atestado médico para ficar afastado por mais tempo.
O vigia estava no emprego desde 2008, de acordo com a prefeitura. Ao Jornal Nacional, o delegado responsável pelo caso, Bruno Fernandes, disse que a hipótese de que o autor do ataque sofria de algum transtorno mental está sendo investigada, mas que ainda não é possível afirmar isso. De manhã, o Corpo de Bombeiros local havia informado que ele tinha problemas mentais.