Dois presos morreram e 56 fugiram do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), localizado em Marabá, a cerca de 800 quilômetros da capital paraense, Belém. A fuga ocorreu por volta de 17h da última terça-feira (26), no momento de conferência das trancas nas celas. Um grupo de presos armados rendeu dois agentes prisionais que foram obrigados a abrir os portões do pavilhão.
Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário, houve confronto e dois presos foram mortos. Outros dois foram recapturados, mas 54 continuam foragidos. Esse número foi confirmado na manhã desta quarta-feira, pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
O órgão informou também que fez uma “revista estrutural” e a recontagem de detentos. Em entrevista coletiva em Marabá, as polícias Civil e Militar informaram que a fuga contou com apoio externo. Um grupo armado trocou tiros com os PMs que faziam a segurança do Complexo no momento da fuga. Um policial, que não teve a identidade divulgada, foi baleado na perna, mas não corre risco de morte.
O Grupamento Tático Operacional da PM faz buscas na área em volta do Complexo Penitenciário e na rodovia Transamazônica que corta o município de Marabá. O trabalho é apoiado por um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública. Com capacidade para 180 presos, o presídio de Marabá sofre com os mesmos problemas das outras casas prisionais do Pará. Hoje, abriga 571 presos.
A fuga registrada em Marabá foi a segunda em presídios do Pará em menos de dois dias. Na madrugada de domingo, 36 detentos escaparam do Centro de Recuperação Penitenciário Pará I (CRPP I) em Santa Isabel, a 40 quilômetros da capital. Eles cavaram um túnel que levava do pavilhão até uma mata próxima ao complexo penitenciário. Dois presos foram capturados ainda no domingo. Somadas as duas ações, já são 88 os foragidos do Estado.