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Lula visita reserva Yanomami, que caminha para ‘crise humanitária’

Presidente visita na manhã deste sábado a cidade de Boa Vista; crianças indígenas foram resgatadas em estado grave

Por Maiá Menezes Atualizado em 21 jan 2023, 10h41 - Publicado em 21 jan 2023, 09h26
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  • Depois de o Ministério da Saúde declarar emergência de saúde pública no território Yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste sábado, 21, em Boa Vista, capital de Roraima, para visitar o hospital indígena e a Casa de Apoio à Saúde Indígena. Com a viagem, o petista quer ver de perto a situação dos Yanomami, povo que vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570 crianças por desnutrição e causas evitáveis, nos últimos anos.

    O encontro com profissionais de saúde e o povo Yanomami está previsto para as 10h (horário local; 11h de Brasília). Técnicos da pasta estão desde a última segunda-feira, 16, na região e resgataram ao menos oito crianças Yanomami em estado grave.

    Também foi criado pelo Planalto um comitê que traçará um plano de ação para a situação sanitária da área. As crianças estão sofrendo de desnutrição. Segundo integrantes do governo, a região caminha para uma crise humanitária.

    Em rede social, Lula informou que chegaria ainda nesta manhã em Boa Vista:  “Visitarei o hospital indígena e a casa de Apoio à Saúde Indígena, onde conversarem com profissionais de saúde e o povo Yanomami. Somaremos esforços na garantida da vida e superação dessa crise”.

    Na noite de sexta, 20, Lula instituiu o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami. O objetivo do grupo é discutir as medidas a serem adotadas e auxiliar na articulação interpoderes e interfederativa.

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    Fazem parte a Casa Civil da Presidência da República, que coordenará o comitê, e os ministério dos Povos Indígenas; da Saúde; da Defesa; da Justiça e Segurança Pública; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Os trabalhos têm prazo de 90 dias, podendo ser prorrogados.

    “O povo Yanomami não mais será desamparado pelo Estado brasileiro”, escreveu, nas redes sociais, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ao anunciar a instituição do comitê. Ela e outros ministros integram a comitiva do presidente Lula, hoje, a Roraima. A terra indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territória.

    (com Agência Brasil)

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