Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Juiz revoga quebra de sigilo do escritório de ex-advogado de Temer

Antonio Cláudio Mariz defendeu o ex-presidente e o corretor Lúcio Bolonha Funaro, que virou delator de apuração sobre desvios e fraudes na Caixa

Por Estadão Conteúdo 8 mar 2019, 02h26
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, revogou sua própria decisão de quebra do sigilo bancário do escritório do criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que foi advogado do ex-presidente Michel Temer. Na sexta-feira 1.º, o magistrado tornou sem efeito a ordem, datada de fevereiro, depois que Mariz protocolou pedido de vista da decisão que abria os dados financeiros de sua banca.

    Vallisney anotou que cancelava a quebra do sigilo “considerando o pedido de acesso aos autos e os possíveis requerimentos posteriores da advocacia Mariz de Oliveira”. O magistrado assinalou que “tomou a cautela para não tornar a situação irreversível”.

    Nesta quinta, 7, Vallisney encaminhou ao Ministério Público Federal, para manifestação, documentos juntados aos autos por Mariz.

    A quebra do sigilo de Mariz provocou imediata reação em cadeia dos principais nomes da advocacia em todo o país. Mais de 1.600 advogados subscreveram manifesto de apoio a ele. A grande corrente de penalistas, civilistas e constitucionalistas classificou a medida judicial como “uma das maiores afrontas ao direito de defesa experimentadas desde a redemocratização”.

    Quando o sigilo de seu escritório foi quebrado, Mariz declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que não temia a investigação.

    Continua após a publicidade

    Na ocasião, o criminalista disse que ainda não tinha acessado a ordem judicial. Ele acredita que ela ocorreu no âmbito de uma investigação sobre o ex-presidente Michel Temer, sob suspeita de tentar silenciar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB/RJ) e o corretor Lúcio Bolonha Funaro, que virou delator na Operação Sépsis – apuração sobre desvios e fraudes na Caixa Econômica Federal.

    Mariz defendeu ambos, Temer e Funaro. À defesa do ex-presidente ele renunciou no dia 29 de dezembro passado por “impedimento legal e ético”. Segundo Mariz, o impedimento surgiu a partir do momento em que foram arroladas testemunhas de acusação contra Temer que o próprio Mariz já havia defendido em outras ações. Uma dessas testemunhas é Funaro, delator do próprio Temer.

    Mariz defendeu Funaro até junho de 2016. Ao renunciar à defesa dele, o criminalista decidiu devolver parte dos honorários recebidos. A devolução ocorreu, informa Mariz, em duas etapas, somando R$ 300 mil, via bancária.

    O criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira Mariz não comentou a decisão do juiz Vallisney de revogar a quebra do sigilo bancário do escritório.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.