A reunião da CPI dos Incêndios na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) terminou com o presidente da comissão, Alexandre Knoploch (PSL), dando voz de prisão ao empresário Carlos Marinho, gerente da Whiskeria Quatro por Quatro. Marinho foi convocado para falar sobre o incêndio ocorrido no local no dia 18 de outubro, que resultou na morte de três bombeiros.
O depoimento durou quatro horas, e o objetivo da comissão era levantar dados que pudessem explicar a causa do incêndio.
De acordo com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), vice-presidente da CPI, Marinho se contradisse em relação a certificações que os bombeiros emitem para casas como a Quatro por Quatro.
Em uma das declarações, ele mentiu quanto a atividade do estabelecimento, respondendo ser um local para massagens.
“Ficou claro para a comissão que a casa funcionava irregularmente”, afirma Amorim.
Carlos Marinho também afirmou que utilizava os quatro pavimentos para o público, mas o alvará autorizava que apenas o primeiro andar fosse usado.
A Quatro por Quatro possuía 16 quartos, que segundo o empresário, era utilizado para massagens com profissionais sem vínculo empregatício.
No final do depoimento, ele voltou atrás e confessou que o local era frequentado por garotas de programa e que cobrava pelo aluguel dos quartos. Além do dono da boate, havia representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio.
Carlos Marinho está sendo conduzido para a 5ªDP da Polícia Civil.
CPI dos Incêndios investiga as causas dos últimos casos ocorridos no Rio, como o do hospital Badim, que pegou fogo em 14 de outubro e deixou 20 mortos.