Foragida da Justiça desde o dia 18 de junho, Márcia Aguiar se apresentou para a polícia na noite de sexta, 10. Ela obteve o direito de cumprir prisão domiciliar para poder cuidar de seu marido, Fabrício Queiroz, até ontem preso em caráter preventivo no Complexo Penitenciário de Gericinó. O casal deu um endereço de Taquara, Rio de Janeiro, como o local onde irão cumprirão a nova determinação do poder judiciário.
Márcia colocou fim a uma busca infrutífera por parte da polícia, que realizou operações no Rio de Janeiro e Belo Horizonte para tentar encontrá-la. Queiroz e Márcia foram beneficiados por uma decisão de João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça. Márcia conseguiu a prisão domiciliar com o argumento de acompanhar e cuidar do marido, em tratamento de um câncer. Queiroz, por sua vez, irá usar tornozeleira eletrônica. Ele é peça-chave nas investigações sobre a prática de “rachadinha” nos anos em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual do Rio de Janeiro.
Um pedido de habeas corpus coletivo foi impetrado na sexta, 10, no Superior Tribunal de Justiça, em favor de todos os presos que tenham risco maior de contrair coronavírus e estejam em prisão preventiva. A petição foi assinada por catorze advogados, que pedem o mesmo benefício concedido a Queiroz.