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Em Roraima, membros do PCC foram de 50 a 1000 em três anos

Relatório de inteligência do governo do Estado, do dia 4 de janeiro, afirma que o número de membros da facção criminosa cresceu 1.900%

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h50 - Publicado em 10 jan 2017, 09h34
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  • Relatório de inteligência do governo de Roraima produzido na semana passada afirma que o número de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) cresceu 1.900% no Estado em apenas três anos, segundo informações da edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo.

    O documento da Secretaria de Justiça e Cidadania é do dia 4 de janeiro, apenas dois dias antes da chacina que deixou 33 mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista. Segundo o governo, o massacre foi ordenado por membros do PCC. O Estado identificou oito presos como autores da ordem para a chacina e pediu a transferência deles para presídios de segurança máxima.

    De acordo com relatório, a facção começou a agir em Roraima em 2013, a princípio com cinquenta  homens. O número saltou para 1000 em 2016, “trazendo à tona novas lideranças e uma nova reorganização da cadeia hierárquica do grupo criminoso”, segundo os documentos, restrito a autoridades do sistema de segurança pública do Estado.

    Ao longo das cinco páginas, o setor de inteligência do governo afirma que “atualmente a quantidade de integrantes do PCC ultrapassa os 1.000 batizados, destes em torno de 150 e 200 encontram-se fora do sistema penitenciário”.

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    Pelo menos 524 membros estão “identificados”, segundo o relatório. Os outros são citados em conversas telefônicas, mas ainda não foram corretamente nomeados. Eles se dividem em onze “regionais” em todo o Estado, cada uma comandada por um membro da facção. Em Boa Vista, haveria cinco “regionais” que são distribuídas por bairros.

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    O documento afirma que o PCC deu uma ordem em fevereiro de 2016, chamado pelos membros da facção de “salve geral”, para uma série de crimes no Estado, como “executar pelo menos um policial em cada ‘regional'”. Essa ordem resultou, segundo o relatório, em ao menos quatro atentados e o assassinato de dois policiais militares.

    Em relação ao Comando Vermelho, facção criminosa baseada no Rio, a secretaria apontou outros 85 integrantes. O grupo seria o autor de outros atentados, incluindo a queima de três ônibus municipais e um carro da polícia. A FDN (Família do Norte), responsável pela chacina que matou 56 em Manaus, tem apenas quatro membros em presídios de Roraima.

    O Ministério Público de Roraima, que desde 2013 investiga o PCC, confirmou o crescimento dos “batizados”, especialmente a partir da infiltração e do controle da facção sobre a massa carcerária.

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