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Disfarçado de médico, traficante do PCC foge de hospital na fronteira

Kelvis Rodrigues estava preso no Paraguai por tráfico de drogas e contrabando de cigarros e vinha tentando postergar a extradição ao Brasil

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jun 2020, 20h34
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  • Internado há mais de um mês por problemas respiratórios, um brasileiro preso por tráfico de drogas e contrabando de cigarros driblou a escolta policial e escapou de um hospital vestido de médico, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil.

    O caso aconteceu no último sábado, dia 30, em um hospital particular da cidade. A Justiça decretou a prisão de cinco pessoas acusadas de facilitar a fuga – um agente da Polícia Nacional, dois guardas penitenciários e dois guardas da unidade de saúde.

    “Ele saiu como um doutor, com bata de médico”, explicou em entrevista coletiva o comissário da polícia paraguaia Aníbal Franco, que agora está analisando as imagens de segurança da rua para verificar em qual carro ele fugiu. A polícia brasileira já está ciente do caso.

    Segundo investigações de autoridades paraguaias e brasileiras, Kelvis Fernando Rodrigues, também conhecido como Cabelo Mexicano, teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e controlava rotas de escoamento de drogas e cigarros contrabandeados do Paraguai ao Brasil. Ele estava preso desde outubro de 2018, como resultado de uma operação da procuradoria paraguaia. Na ocasião, ele era suspeito de ser o mandante da morte de um outro cigarreiro da região de fronteira.

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    Em abril de 2019, a imprensa paraguaia destacou que ele vinha tentando, por meio de manobras jurídicas, postergar a sua extradição ao Brasil. Com o sistema penitenciário sobrecarregado e a expansão do PCC no país, o governo paraguaio adotou uma política de extraditar o máximo possível de criminosos brasileiros.

    A defesa de Rodrigues havia entrado na Justiça com pedidos de liberdade alegando que ele tinha problemas respiratórios e que não havia possibilidade de fuga, pois a fronteira está fechada.

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