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Criticado, Temer convoca reunião para discutir massacre em Manaus

Avaliação interna é que 'a bola estava quicando e poderia cair sobre o colo do governo federal'; presidente ainda não se pronunciou sobre o episódio

Por Da redação
Atualizado em 4 jan 2017, 19h57 - Publicado em 4 jan 2017, 19h36
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  • Criticado por ainda não ter se pronunciado sobre o massacre ocorrido no último domingo, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, com 56 presos mortos, a maioria decapitados, o presidente Michel Temer convocou reunião do núcleo institucional do governo para esta quinta-feira para tratar do episódio e da crise do sistema prisional do país.

    Nos últimos dias, tem crescido a pressão para que o presidente fale pela primeira vez sobre o assunto, que teve repercussão internacional – até o papa Francisco se pronunciou sobre o episódio.

    A reunião terá representantes da Casa Civil, dos ministérios da Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Planejamento e Transparência, além de integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Polícia Federal.

    A estratégia da cúpula do governo é ressaltar que o massacre não ocorreu em razão de uma possível omissão do governo federal. Seguindo essa orientação, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, escalado por Temer para tratar do assunto, deu declarações nesse sentido na tarde de hoje após visitar o Compaj. De acordo com o ministro, o governo do Amazonas tinha a informação da possibilidade de fugas entre o Natal e o Ano-Novo nos presídios do Estado e não pediu auxílio ao governo federal.

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    “O ministro foi escalado porque houve entendimento de que a bola estava quicando e poderia cair sobre o colo do governo federal”, considerou um auxiliar palaciano. O ministro da Justiça também esteve reunido com Temer no início da tarde desta quarta, ocasião em que relatou a situação encontrada em Manaus.

    Do encontro de amanhã não há, até o momento, nenhuma previsão de anúncio de medidas emergenciais. A expectativa, porém, é de que o Plano Nacional de Segurança seja lançado até o fim do mês pelo presidente.

    (com Estadão Conteúdo)

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