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Covid-19: Brasil tem menos mortos por 100 mil pessoas que Itália e Espanha

Segundo lugar em número absoluto de mortes causadas pela doença no mundo, país aparece em décimo lugar em ranking de vítimas de acordo com a população

Por Da Redação 23 ago 2020, 19h05
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  • Segundo país do mundo em número absoluto de mortes em decorrência da Covid-19, o Brasil ostenta, proporcionalmente a sua população, taxas inferiores às de países europeus, como Espanha, Itália e Reino Unido, e sul-americanos, como Chile e Peru.

    Segundo dados de sexta-feira, 21, da Universidade Johns Hospkins (EUA), que contabiliza dados de todos os países, os Estados Unidos lideravam em número absoluto de vítimas, com 174.292, seguido pelo Brasil, com 112.304. O terceiro colocado, México, vinha bem atrás, com 59.106.

    Proporcionalmente, no entanto, o Brasil aparece em décimo lugar, com uma taxa de 53,6 mortos para cada 100.000 habitantes, número parecido com o dos Estados Unidos. O líder do ranking curiosamente é San Marino, um minúsculo país da Europa, que tem apenas 33.932 habitantes e 42 mortos, o que lhe confere a elevadíssima taxa de 124,3 vítimas por 100.000 moradores. O quarto colocado, Andorra, tem o mesmo perfil: o principado independente tem só 77.265 residentes e 53 vítimas.

    Se levar em consideração apenas os vinte países com mais mortes no mundo, o líder do ranking passa a ser a Bélgica, com uma alta taxa de 86,1 mortos para cada 100.000 habitantes. O país europeu tinha controlado a pandemia, mas voltou a enfrentar um repique no final de julho, o que levou a um novo endurecimento das restrições. Segundo Frédérique Jacobs, porta-voz do centro de gerenciamento de crise local, ao menos treze municípios vinham registrando taxas superiores a 100 mortos por 100.000 residentes no início de agosto, segundo declaração dada à agência de notícias France Presse na quinta-feira 20. “O vírus circula intensamente em nosso território”.

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    Outros países à frente do Brasil, como Reino Unido, Espanha e Itália, também têm registrado preocupação com uma segunda onda da doença após a flexibilização das medidas de isolamento social. A França e a Suécia também estão em alerta. Espanha e Itália registraram na quinta-feira 20 o maior número de novos casos desde maio. “Não estamos em uma posição tão ruim quanto a França ou a Espanha, mas a situação não é satisfatória”, declarou à France Presse o professor Massimo Galli, diretor do departamento de doenças infecciosas do hospital Sacco de Milão.

    O Brasil experimenta uma situação de estabilidade em meio à retomada gradual das atividades, mas o platô ainda é muito elevado– desde o final de maio, tem ficado em torno de mil mortes a média móvel diária, calculada com base nos últimos sete dias.

    Transmissão

    Pela primeira vez após quatro meses, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de contágio do novo coronavírus para um nível considerado de controle da pandemia. Segundo dados do último levantamento da Universidade Imperial College de Londres, no Reino Unido, o índice de transmissão no país nesta semana – que começou no domingo 16 – está em 0,98 e, portanto, abaixo do nível de descontrole.

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    Para a epidemia ser considerada controlada, a taxa de transmissão precisa estar abaixo de 1. O índice também chamado de Rt, indica para quantas pessoas cada infectado transmite o vírus. A taxa calculada nesta semana indica que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 98, que por sua vez contaminam outras 96 pessoas, em uma progressão decrescente.

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