A ausência de seguranças na escolta do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros ontem, 08, no Aeroporto de Guarulhos, gera desconfiança em policiais que investigam o crime. Apenas um dos quatro homens que cuidavam da proteção de Gritzbach, delator da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), foi buscá-lo no aeroporto.
Pela versão dos seguranças, todos PMs de São Paulo, o carro que os levaria até Guarulhos quebrou no caminho, e três deles teriam permanecido num posto de gasolina com o veículo. A decisão revelada pela equipe, de apenar enviar um dos homens ao aeroporto, levanta suspeita de investigadores, já que o empresário era jurado de morte pelo PCC, suspeito de promover a sua execução. Gritzbach já tinha sido alvo de um plano cujo objetivo era matá-lo e também chegou a ser sequestrado pela facção. Os seguranças já foram interrogados, e seus celulares, apreendidos.
O empresário foi morto enquanto deixava o saguão do Terminal 2 do aeroporto intrnacional. Ele estava acompanhado da namorada e voltava de Goiás. O caso ocorreu por volta das 16h. Outras três pessoas ficaram feridas – dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada – e foram socorridos em estado grave. Antônio Vinicius foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. No atentado, foi usado fuzil calibre 765 por dois homens em um carro preto, modelo Gol. O celular de Gritzbach foi recolhido pela polícia no local e pasará por perícia. Troca de mensagens nos momentos anteriores à sua execução pode ajudar na investigação.