O Rio de Janeiro se encontra em estado de crise – o mais alto de um escala de três níveis – desde as 20h55 da segunda-feira 8, segundo o Centro de Operações da cidade. Na madrugada desta quarta, o município ultrapassou trinta horas nessa condição. Dez mortes foram registradas, além de diversos pontos de alagamento e deslizamentos. Um trecho da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, voltou a ceder.
Ao longo da noite de terça e madrugada de quarta, a cidade apresentou chuvas fracas e moderadas, mas o alerta permaneceu máximo pelo risco de deslizamentos.
Na noite de terça, o prefeito carioca, Marcelo Crivella, informou que as escolas municipais voltam a funcionar nesta quarta, após um dia de suspensão das aulas na rede pública, principalmente por dificuldades de acesso.
Cerca de 500 profissionais da prefeitura atuaram na limpeza e reparo das escolas, resolvendo problemas de alagamentos. A Avenida Niemeyer permanecerá fechada para avaliação dos técnicos do Instituto de Geotécnica do Rio (Geo-Rio) sobre riscos de desabamentos.
A Rua Jardim Botânico foi limpa e liberada. O Túnel Rebouças também. No Alto da Boa Vista e na Estrada Grajaú Jacarepaguá, equipes trabalham para liberar as vias. A Lagoa tem bolsões em alguns pontos, como no Parque da Catacumba, e a expectativa é de que o nível da água baixe durante a madrugada.
Crivella também anunciou que, nesta quarta-feira, haverá um mutirão de serviços no bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba, na Zona Oeste, para atender cerca de 100 famílias atingidas pelo temporal.
As famílias estão ilhadas e muitas delas tiveram de deixar suas casas, porque o nível das águas não baixa e os moradores estão sem condições de cozinhar, tomar banho e utilizar os banheiros. Serão distribuídas cerca de 240 cestas básicas para os moradores.
Equipes da Rio-Águas para dragagem do Rio Cabuçu-Piraquê, da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) para limpeza das ruas e desobstrução de ralos e redes de águas pluviais, além de homens da Secretaria de Conservação para realizar serviços de recuperação do asfalto destruído pela enxurrada devem atuar no bairro.
(Com Agência Brasil)