Cláudio Castro decide recriar a Secretaria de Segurança Pública no Rio
Policial federal que chefiava a Superintendência da corporação no Distrito Federal, Victor Santos foi o escolhido para comandar a nova pasta
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), decidiu recriar a Secretaria de Segurança Pública no estado. O órgão havia sido extinto ainda em 2019, primeiro ano de mandato do ex-governador Wilson Witzel, de quem Castro era vice. Até então, a pasta vinha funcionando desmembrada em duas: as secretarias de Polícia Civil e Polícia Militar. Para chefiar a nova SSP, foi escolhido o policial federal Victor Cesar Carvalho dos Santos, que atuou até janeiro deste ano como superintendente da corporação no Distrito Federal, mas deixou a pasta após a troca no comando do Ministério da Justiça. Sua nomeação na nova função deve sair no Diário Oficial nesta terça-feira, 28.
A informação foi publicada inicialmente pelo G1 e confirmada por VEJA. Antes de atuar em Brasília, Santos passou por diversos cargos na Superintendência da PF no Rio, atuou na prisão do bicheiro Rogério Andrade e chegou a atuar na coordenação regional da corporação para segurança em grandes eventos, como em partidas de futebol entre seleções no estado, na conferência Rio+20 e na Jornada Mundial da Juventude, quando houve a visita do Papa Francisco à capital carioca, em 2013. Ele também tem especialização no combate a lavagem de dinheiro e sequestro de bens, pauta colocada como prioritária no combate ao crime organizado no estado tanto pelo governador, quanto pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, em meio a uma cooperação entre as esferas federal e estadual.
A mudança estrutural na segurança pública fluminense acontece pouco mais de um mês depois de Castro trocar o comandante da Secretaria de Polícia Civil, após manobra na Assembleia do Estado para mudar a Lei Orgânica e aprovar o nome de Marcus Amim. Ele comandava a pasta desde então, em meio a uma série de episódios que voltaram o foco para o tema: desde a morte dos médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, passando pela dificuldade em conter ações do crime organizado e pela desorganização no policiamento da capital em meio a shows e na final da Libertadores.