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Braço-direito de Teori vai a Curitiba ouvir Marcelo Odebrecht

Juiz Márcio Schiefler Fontes perguntará ao ex-presidente da empreiteira se a delação premiada na Operação Lava Jato foi feita de livre e espontânea vontade

Por Renato Onofre Atualizado em 25 jan 2017, 21h01 - Publicado em 25 jan 2017, 16h12
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  • Um dos principais auxiliares do ministro Teori Zavascki, o juiz Márcio Schiefler Fontes vai a Curitiba na próxima sexta-feira ouvir pessoalmente do empresário Marcelo Odebrecht que sua delação na Operação Lava Jato foi feita de livre e espontânea vontade. Schiefler é uma das peças fundamentais no processo de homologação da delação dos executivos da Odebrecht e foi um dos assistentes mais próximos de Teori, morto na quinta-feira em uma queda de avião em Paraty (RJ). Outros dois juízes dividiam com ele a responsabilidade de dar continuidade ao processo: Paulo Marcos de Farias e Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho.

    O depoimento de Marcelo Odebrecht não deve demorar mais de vinte minutos. Primeiro, o juiz Márcio Schiefler Fontes vai perguntar ao empresário dados básicos da vida dele na empreiteira. O empresário informará o cargo e o período em que ocupou enquanto os fatos descritos da delação aconteceram. Em seguida, Fontes perguntará se ele foi coagido pelos investigadores da Lava Jato ou terceiros a prestar as declarações. Após a confirmação de que o depoimento foi tomado de livre e espontânea vontade, o juiz vai perguntar a Marcelo se tudo o que está escrito nos termos de declaração está correto.

    Fontes é o juiz que estava há mais tempo no gabinete de Teori, desde 2014, e era considerado seu braço-direito. Assim como o ministro do STF, o juiz também é de Santa Catarina. Antes de ser convidado para o gabinete, foi juiz em Santa Catarina e professor de direito constitucional e processual da Escola de Magistratura do Estado. Fontes é quem mais conhece os procedimentos, depoimentos, ações penais e trâmites da operação no Supremo.

    Em 2015, Zavascki determinou a Fontes que fosse ouvir os colaboradores de duas das mais controversas delações feitas na Lava Jato: a do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que gravou o então senador petista Delcídio do Amaral, e a do próprio político em novembro daquele ano.

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