O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro encontrou mais uma vítima dentro de um ônibus capotado na Avenida Niemeyer, na Zona Sul da capital fluminense. O veículo foi atingido por uma árvore e teve a dianteira soterrada por um deslizamento de terra.
Com esse corpo, de um homem jovem não identificado, agora são seis os mortos em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade na noite desta quarta-feira, 6. Antes, uma passageira também havia sido retirada sem vida do veículo.
Duas das mortes foram registradas em um desmoronamento na Barra de Guaratiba, na Zona Oeste, que causou o desabamento de uma casa. Um óbito ocorreu também em um deslizamento, na Rocinha, Zona Sul da cidade. E mais uma vítima foi registrada no Vidigal.
O município entrou em estágio de crise (o mais grave) às 22h15 e permaneceu nessa situação durante a madrugada, mesmo com um abrandamento das chuvas. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou luto oficial de três dias pelas fatalidades.
“A chuva surpreendeu até meteorologistas, mas temos 600 agentes trabalhando para que amanhã a cidade tenha todas as vias liberadas. Surpreendeu a velocidade dos ventos, tivemos alguns de 110 km/h, algo próximo de um tufão”, declarou o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, em entrevista à Globo News.
Mais cedo, Roberto Robaday, secretário de Defesa Civil, prestou depoimento à mesma emissora: “Em alguns lugares, choveu mais de 130 milímetros em apenas quatro horas, principalmente no entorno da Rocinha e do Vidigal. Em São Conrado a situação também é crítica. É a chuva esperada para o mês inteiro de fevereiro”.
Ciclovia Tim Maia
Um trecho da Ciclovia Tim Maia desabou durante as fortes chuvas que atingiram a capital fluminense na noite de quarta-feira 6. É a terceira vez que isso acontece com a estrutura, inaugurada em 2016 como um dos projetos da Prefeitura do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos daquele ano. O trecho que caiu fica na avenida Niemeyer, na Zona Sul, que foi fechada nesta quinta-feira, 7, após os impactos do temporal.
A Ciclovia Tim Maia é uma obra de 3,9 quilômetros, com 2,5 metros de largura e realizada pelo consórcio Contemat-Concrejato. Os custos da obra, realizada durante a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), são estimados em 45 milhões de reais.