As chuvas intensas deste verão já atingiram 850 mil pessoas na Bahia e deixaram 16 mil desabrigados em Minas Gerais, e na manhã deste sábado, 8, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) publicou um aviso de que as tempestades e chuvas perigosas continuarão em regiões de 12 estados, Amazonas, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Goiás, Piauí e Tocantins, e no Distrito Federal. Além da precipitação, estão previstos ventos intensos e risco de corte de energia elétrica, queda de árvores, alagamentos e descargas elétricas, até a manhã do domingo, 9, em algumas localidades.
Entre as regiões da Bahia com alerta de chuvas perigosas estão o sul, o centro sul e o extremo oeste. De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado (Sudec), 164 municípios estão em situação de emergência e os alagamentos já deixaram 850.225 pessoas atingidas, além de 2 desaparecidos, 26 mortos e 520 feridos desde o início da temporada de chuvas.
Já para Minas Gerais o alerta é vermelho e de “grande perigo”, com “risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas, em cidades com tais áreas de risco”. De acordo com a Defesa Civil do estado mais de 120 cidades estão em estado de emergência e as principais atingidas foram Três Corações, Miradouro e Cajuri. Desde ontem as enchentes já deixaram seis mortos e fizeram com que mais de 16 mil pessoas tivessem de deixar suas casas. Além da Câmara Municipal, pontes e estradas foram destruídas pelos fortes temporais.
O Espírito Santo também continua com alerta vermelho de grande perigo de acumulado de chuvas e já há registros de alagamentos em Cachoeiro de Itapemirim, Rio Novo do Sul e Piúma, onde as pessoas tiveram de deixar suas casas. Em Marabá, no Pará, que está com alerta laranja de chuvas perigosas, mais de 500 pessoas foram afetadas pela cheia do Rio Tocantins e atingiu mais de 500 famílias.
Além dos prejuízos à população civil, o excesso de chuvas está provocando danos financeiros ao agronegócio. Em Mato Grosso, principal estado produtos e um dos únicos que já iniciou a colheita de soja, o trabalho está inviabilizado uma vez que as máquinas agrícolas não conseguem entrar no campo com o excesso de água. De acordo com a consultoria Pátria AgroNegócios, o índice de colheita está 0,37% abaixo da média histórica para o período.