A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de dois lotes da cerveja Belorizontina, fabricada pela cervejaria Backer. Os produtos estão sendo investigados sob suspeita de terem causado insuficiência renal e alterações neurológicas em ao menos oito consumidores em Minas Gerais; um deles morreu.
Em investigação para descobrir a origem de uma síndrome desconhecida que vitimou oito pessoas no estado, a Polícia Civil de Minas Gerais apontou a presença da substância dietilenoglicol nos dois lotes da cerveja.
As vítimas apresentaram sintomas como problemas gastrointestinais, insuficiência renal e alterações neurológicas nos últimos dias, por motivos não identificados, nas cidades de Belo Horizonte, Nova Lima e Ubá.
A perícia feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil foi realizada em quatro garrafas dos lotes L1 1348 e L2 1348, recolhidos na casa de consumidores que tiveram a doença. A substância em questão foi identificada em duas dessas garrafas. Em coletiva de imprensa, a polícia reforçou que realizou um laudo preliminar e que ainda não é possível responsabilizar a empresa. Um inquérito foi aberto para investigar a existência de crimes relacionados ao caso.
O recolhimento é necessário para impedir que os produtos sejam comercializados fora de Minas Gerais, segundo a Anvisa, e é de responsabilidade da fabricante.
Em nota, a Backer informou que o dietilenoglicol “não faz parte do processo de produção da cerveja Belorizontina”, mas que “por precaução”, vai retirar imediatamente de circulação os lotes em questão, “caso ainda haja algum remanescente no mercado”. “A Cervejaria Backer continua à disposição das autoridades para contribuir com a investigação e tem total interesse que as causas sejam apuradas, até a conclusão dos laudos e investigação.”