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Antes de cair no chão em crise de choro, ré desmente madrasta de Bernardo

Acusada de ter sido contratada para ajudar a matar Bernardo, Edelvânia Wirganovicz diz que Graciele agiu sozinha

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 mar 2019, 16h44 - Publicado em 14 mar 2019, 16h16
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  • Acusada pelo Ministério Público de participar da execução de Bernardo Boldrini, de 11 anos, com o objetivo de receber 90.000 reais, dos quais, ainda segundo o MP, teria embolsado apenas 6.000 reais, Edelvânia Wirganovicz desmentiu Graciele Ugulini em sua defesa durante o júri popular. Edelvânia afirma que a madrasta deu o remédio em excesso para acalmar o “guri”, e ele veio a óbito. Edelvânia teria tentado convencê-la a levá-lo ao hospital para fazer uma lavagem estomacal, mas Graciele falou que não haveria mais tempo – a respiração dele havia cessado. Começa, então, uma sucessão de conflitos de versões entre as antigas amigas.

    Segundo a versão de Edelvânia, Graciele ameaçou matá-la caso não ajudasse a esconder o corpo. “Eu não matei o Bernardo, só depois que eu soube que o guri só queria amor e comida”. Ela dá outra versão apresentada por Graciele. A ida da madrasta à Frederico Westphalen na quarta, dia 2 de abril, dois dias antes da morte, se deu para encontrar um amante chamado Rodrigo. Edelvânia nega, portanto, a compra da soda cáustica. Sobre as ferramentas, segundo o PM utilizadas para abrir a cova, ela diz que eram para a sua mãe. “Eu abri o buraco sozinha, trabalhei na lavoura. Não comprei as ferramentas para isso. Podem me levar até aquele local que abro um buraco ainda maior, sozinha, para provar para vocês. Aquele buraco foi fácil de fazer”.

    Após ser contestada pela polícia, Edelvânia entregou o exato local onde o cadáver havia sido escondido com o objetivo, em suas palavras, “de que fosse enterrado ao lado de sua mãe, em Santa Rosa, e tivesse um velório digno”. A ex-enfermeira acusa a polícia de ter coagido a sua confissão, colocando uma arma na mesa e impedindo a presença de um advogado durante sua interrogação. A polícia refuta essa acusação.

    Única ré a chorar em todos os dias de julgamento Edelvânia não fez diferente hoje. Afirmou que prefere “puxar” duas cadeiras, por ela e pelo irmão, pois o mesmo “não tem culpa de nada”. Antes dos três promotores do Ministério Público iniciarem suas perguntas, ela caiu no chão e teve uma crise emocional. A enfermagem constatou elevado batimento cardíaco, de 150 por minuto, e pressão arterial normal, 12 por 8. A audiência foi interrompida. Na volta, às 14h10, um atestado médico confirmou a capacidade da ré de falar, mas a mesma decidiu encerrar a sua defesa.

    Lágrimas do público

    Foi então que entrou no fórum de Três Passos seu irmão, Evandro. Preso preventivamente por participação no homicídio e ocultação de cadáver, o motorista falou por cerca de trinta minutos – e fez parte do público se emocionar. “Soube que minha irmã tinha participado do caso ouvindo pela rádio, dentro do meu caminhão”.

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    Durante o inquérito, Evandro mentiu ao falar que não havia ido à região onde o buraco foi cavado – local próximo à residência de sua mãe – dois dias antes do crime. No entanto, a polícia tinha provas de sua ida: uma denúncia anônima prestou queixa de seu veículo na região erma e uma imagem de segurança mostrou seu Chevette indo em direção à região. Evandro assume a mentira, mas diz que a fez por medo, pois àquela altura sabia pela mídia do envolvimento da irmã e ficou com medo de também ser arrolado ao processo. O argumento dele era que tinha ido pescar no riacho. “Eu estava de férias, por isso ir lá em um dia da semana”. Era uma quinta, por volta das 19 horas.

    Evandro chorou bastante ao falar que não negaria participação “simplesmente porque não fiz, não sabia de nada. Nunca tinha visto a Graciele na minha vida. A minha irmã terminou com tudo em nossa família”. Pai de dois filhos, o réu foi preso quando sua filha caçula tinha 40 dias e o garoto maior, 2 anos. Ele recebe a visita de ambos a cada dois meses, informa que sua mulher o deixou há dois anos e meio. “Tenho orgulho de ser pai, amo meus filhos. Um dia eles terão orgulho de mim também”.

    Nova fase

    Todos os réus encerraram suas defesas, dando início ao outro momento do júri que está em seu quarto dia. No fim da tarde desta quinta, 14, o Ministério Público começou a explicar sua acusação, apresentar provas e evidências para o corpo de sete jurados.

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