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Agência e cunhado de Henrique Alves são alvos da PF

Agência Art&C é alvo de buscas e cunhado de Henrique Alves também é levado pela PF

Por Felipe Frazão Atualizado em 4 jun 2024, 22h05 - Publicado em 6 jun 2017, 10h42
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  • Outro alvo da Operação Manus, deflagrada nesta terça-feira, é Arturo Arruda Câmara, dono da agência de propaganda Art&C, e cunhado do ex-ministro e ex-deputado do PMDB Henrique Eduardo Alves, preso. Ele é irmão da mulher do peemedebista, a jornalista Laurita Arruda. A agência presta serviços para diversas prefeituras e órgãos públicos em todo o Estado e capitais do Nordeste. Arturo Arruda também foi levado pela Polícia Federal. A sede da agência foi alvo de buscas.

    A Operação Manus apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, estádio construído para a Copa do Mundo de 2014. O sobrepreço identificado chega a 77 milhões de reais, conforme a PF.

    A Justiça Federal expediu 33 mandados: cinco de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e no Paraná. Alves e outro parlamentar são suspeitos de ter recebido propina para favorecer politicamente duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

    Conforme a PF, as provas foram colhidas a partir das delações premiadas no Supremo e quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico. “Foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal, acusa a PF em nota.

    Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves é um dos principais aliados do presidente Michel Temer. Em 2014, ele perdeu as eleições para o governo do Estado. Mas se mantinha politicamente ativo, participando de articulações em prol de Temer com deputados, políticos locais e principalmente no Nordeste. Ele foi ministro do Turismo no governo Dilma Rousseff e chegou a ser mantido por Temer no período de afastamento provisório do impeachment. Pediu demissão depois de ter sido citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

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