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77% das mortes violentas de mulheres envolveram agressão física

Levantamento do Ministério da Saúde cruzou registros de óbitos e atendimentos de saúde na rede pública

Por Da Redação Atualizado em 8 jan 2019, 17h50 - Publicado em 8 jan 2019, 17h02
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  • Violência doméstica contra mulher
    O perfil do agressor em mulheres jovens foi, em 36,5% dos casos, parceiros íntimos (iStock/Getty Images)

    A agressão física foi o principal fator responsável pela morte de mulheres por causas ligadas à violência. Estudo do Ministério da Saúde com base em registros de óbitos e atendimentos de saúde na rede pública mostra que de um total de 6.393 mortes registradas entre 2011 e 2016, em 4.930 (77%) houve agressão. Em 1.417 desses casos foi empregada força corporal do agressor ou espancamento.

    Em 28,5% do total de casos registrados, as mulheres já tinham sofrido atos de violência no mínimo uma vez antes da morte. A residência da vítima foi o principal local de ocorrência e há registro do uso de álcool pelo agressor em 33% dos casos.

    Nas mulheres adultas (30 a 59 anos), o espancamento (19,4% dos casos) e agressões com objetos perfurocortantes (15,1%) foram os principais meios de violência. O uso de arma de fogo foi o principal meio de agressão em 25,8% das agressões contra adolescentes (10 a 19 anos) e 21,1% contra jovens (20 a 29 anos).

    A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da pasta, Maria de Fátima Marinho Souza, que coordenou o trabalho, afirma que os números podem ser ainda maiores, porque não estão contabilizados os atendimentos particulares.

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    No período do estudo morreram, no Brasil, por dia, três mulheres que já haviam dado entrada em unidades de saúde pública em busca de tratamento para hematomas, fraturas e outros tipos de lesões associados à violência.

    “Os dados representam histórias como a de Jerusa, de 37 anos, identificada pelo ministério. Em junho de 2015, ela procurou o hospital público com lesões após ser espancada por seu companheiro, João. O registro feito na época já indicava que as violências ocorriam repetidamente. Mas após o atendimento e a notificação, nada mudou. Jerusa continuou vivendo com o companheiro, que permaneceu impune. Oito meses depois, foi morta pelo marido”, relatou.

    Para a coordenadora do estudo, a impunidade reforça a violência. No caso das mulheres, ela ocorre em todas as faixas etárias. Idosas e crianças têm maior risco de mote, entre 2011 e 2016, 294 crianças até 9 anos de idade morreram por violência externa e 752 idosas foram mortas. Os agressores nas crianças são, em maioria, os familiares (72,9%). No caso de mulheres jovens, os parceiros íntimos foram responsáveis por 36,5% dos casos.

    (Com Estadão Conteúdo)

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