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‘Quo Vadis, Aida?’: um drama de tirar o fôlego sobre guerra na Bósnia

Concorrendo ao Oscar de filme internacional, produção recria o terrível Massacre de Srebrenica a partir da visão de uma tradutora da ONU

Por Isabela Boscov Atualizado em 23 abr 2021, 11h23 - Publicado em 23 abr 2021, 07h00

A guerra nos Bálcãs corre já há três anos, mas, em um dia quente de julho de 1995, algo particularmente horrível começa a se desenhar: o general sérvio Ratko Mladic toma a pequena Srebrenica, em plena zona de segurança; a ONU promete um ataque aéreo se ele não se retirar com suas milícias, mas nada acontece. Apavorada, a população bósnia da cidade foge para a base mais próxima da ONU, comandada por uma guarnição holandesa. Com milhares de pessoas apinhadas dentro e fora dos portões, sem água, comida nem banheiros, a bósnia Aida (Jasna Djuricic), tradutora que trabalha para as forças de paz, ajuda a organizar o caos e encontrar uma maneira de salvar seu marido e seus dois filhos do que cada vez mais parece ser a morte certa. Mas as forças de paz vacilam, confundem-se, tentam o apaziguamento com Mladic (Boris Isakovic), recuam, cedem — e, na prática, acabam cooperando para o chamado Massacre de Srebrenica, em que mais de 8 000 homens e meninos, todos bósnios muçulmanos, foram executados em massa pelos sérvios. (Um aparte: Mladic foi condenado por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade e cumpre prisão perpétua, mas segue sendo herói para parte dos sérvios.) Usando a atuação fenomenal de Jasna (que é sérvia) como fio condutor, a diretora bósnia Jasmila Zbanic, que tinha 17 anos quando começou o cerco à sua cidade natal, Sarajevo, recria o episódio tenebroso — ainda hoje uma ferida aberta entre as nações dos Bálcãs — com dinamismo e capacidade notável de integrar os múltiplos pontos de vista. No último ato, Aida tenta retomar a vida como professora primária, anos depois de finda a guerra. É, se possível, ainda mais terrível experimentar o clima sufocante em que convivem antigos vizinhos e familiares tornados inimigos mortais ou vítimas sem chance de reparação. Concorrendo ao Oscar de produção internacional, este é um daqueles filmes em que, de ponta a ponta, a urgência da situação corta o fôlego ao espectador. Disponível para aluguel no NOW e outras plataformas. 

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