Semana do governo Bolsonaro tem CPI, clima e contas públicas
Presidente ficará na berlinda com Comissão no Senado, o prazo fatal do Orçamento e a Cúpula de Biden
Nos três maiores assuntos dessa semana, o presidente Jair Bolsonaro ficará em situação desconfortável. No Senado, mesmo com a escolha provável de Omar Aziz para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito, o ambiente governista não será fácil. O senador, no fim de semana, deu entrevistas avisando que não fará negociata com o governo para aliviar a pressão. Lembrou que perdeu um irmão para a Covid-19 há 40 dias e é do Amazonas. O provável relator, Renan Calheiros, deu entrevistas que também não tranquilizam o governo.
Esta semana será também a da Cúpula do Clima, e a resposta do negociador chefe do governo Joe Biden, John Kerry, que pediu ao governo brasileiro ações concretas e imediatas, mostra que a longa carta enviada por Bolsonaro não vai aliviar a cobrança sobre o país.
A notícia crime contra o ministro Ricardo Salles, já no Supremo Tribunal Federal (STF), aumenta ainda mais a certeza do erro do governo de Bolsonaro. Afinal, Salles é o interlocutor dessas conversas sobre proteção ambiental, e ele conspira contra a ação dos órgãos de controle, como a Polícia Federal. Tanto que o autor da denúncia, delegado Alexandre Saraiva, está sendo exonerado da superintendência do Amazonas.
O terceiro assunto dessa pequena lista é também difícil. Até quinta-feira, 22, Bolsonaro terá que decidir se sanciona o Orçamento como está ou se veta emendas parlamentares. Se vetar, azeda o diálogo com o Congresso ainda mais, e com o presidente da Câmara, Arthur Lira, em particular. Se sancionar. pode incorrer em crime de responsabilidade fiscal, porque o Orçamento, segundo especialistas em contas públicas, está em conflito com as leis fiscais do país.
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