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Em 15 horas, duas derrotas de Bolsonaro e o veto do bloco da maioria

Entre a noite de sexta e o almoço de sábado, presidente acabou no centro de uma investigação da CPI e recebeu o veto da maioria legislativa ao voto impresso

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jun 2021, 01h01 - Publicado em 27 jun 2021, 09h00

Jair Bolsonaro começou este fim de semana com duas grandes derrotas no curto espaço de 15 horas.

Na noite de sexta-feira, às 21h40, assistiu um antigo aliado, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), conduzi-lo ao centro da investigação da CPI da Pandemia sobre um bilionário e obscuro contrato do Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin.

Miranda contou que Bolsonaro sabia das suspeitas há três meses, mas nada fez. Deixou-o exposto à acusação de omissão na gestão pública, por interesse ou má-fé. E, também, de crime de responsabilidade.

Foi além: em público, o deputado do Centrão de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, converteu Bolsonaro em delator do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Na sua versão, Bolsonaro  acusou Barros de liderar o lobby na Saúde para o estranho negócio da vacina indiana — com corretagem privada nacional e a preço 1.000% maior do que havia sido anunciado seis meses antes pela própria fabricante.

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Na manhã de sábado, antes do almoço, Bolsonaro fazia um novo comício em Chapecó (SC), enquanto  líderes de onze partidos participavam de uma reunião virtual.

A conversa terminou com o compromisso coletivo de veto a mudanças no sistema eleitoral para retroceder à era do voto impresso — iniciativa à qual Bolsonaro tem dedicado tempo e energia de forma surpreendente para um chefe de governo atolado no descontrole da pandemia de Covid-19.

Esses onze partidos (PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante) controlam 63% dos votos na Câmara e 67% no Senado. Sem eles, não há hipótese de aprovação de qualquer projeto de emenda constitucional, como é o caso do voto impresso apresentado na Câmara por encomenda de Bolsonaro.

No conjunto, os onze compõem um bloco majoritário que pode ser chamado de centro, alguns estão mais à direita outros mais à esquerda. Abriga aliados de Bolsonaro, como a locomotiva do Centrão, o PP,  e também adversários como PSDB, PSD e Cidadania.  Sua heterogeneidade pode ser aferida nas votações legislativas dos últimos 30 meses.

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Em pelo menos um aspecto, porém, a reunião transcendeu o anúncio de uma grande derrota para Bolsonaro na tentativa de impor um retrocesso ao voto impresso, o que poderia tumultuar o processo eleitoral do próximo ano.

Na crise, eles se uniram para impedir o que enxergam como ameaça à estabilidade política, vital à sobrevivência dos próprios partidos e do sistema eleitoral existente.

Foi uma apenas conversa de sábado, demonstração de união e de força dos líderes da maioria parlamentar em momento e evento específico. Mas, é bom lembrar a política é feita símbolos, e nada impede que prossigam, em busca da saída para o labirinto da polarização no qual se deixaram aprisionar.

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