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Entrevista com Jack Huston

“É bom lembrar que somos capazes de grandeza”, diz o ator de Ben-Hur

Por Isabela Boscov Atualizado em 13 jan 2017, 19h34 - Publicado em 18 ago 2016, 13h00

Entrevista


Doce, gentil com todo mundo, educado, alegre: o inglês Jack Huston não só deixou ótimas impressões durante sua passagem pelo Brasil para promover Ben-Hur, como por acaso preenche todas as qualificações para interpretar o príncipe judeu Judah, protagonista do filme dirigido pelo cazaque Timur Bekmambetov. Jack é, de fato, quase um príncipe. Pelo lado paterno, ele descende daquilo que Hollywood tem de mais próximo de uma aristocracia: é sobrinho dos atores Danny Huston e Anjelica Huston e neto de John Huston, o diretor de clássicos sensacionais como Uma Aventura na África e O Tesouro de Sierra Madre. Pelo lado de sua mãe, Lady Margot Lavinia dos marqueses de Cholmondeley, seus antepassados incluem Robert Walpole, que em 1721 se tornou o primeiro de todos os primeiros-ministros britânicos, o riquíssimo David Sassoon, que foi tesoureiro de Bagdá de 1817 a 1829, e os igualmente riquíssimos Rothschild, da dinastia de banqueiros.

Mas deixe para lá a árvore genealógica: Jack, de 33 anos, é um ator talentoso, sem frescuras e sem medo. Junto com o também inglês Toby Kebbel, que faz o romano Messala, grande inimigo de Judah, ele agarrou a chance de entrar no circo romano e fazer, sem computação gráfica e na raça, a ferocíssima cena da corrida de quadrigas que é o clímax de Ben-Hur. Mas diz que, além da adrenalina, foram outras emoções, mais delicadas, que o atraíram no personagem: “Somos capazes de atrocidades medonhas. Mas, às vezes, precisamos ser lembrados não só do mal que podemos fazer, como também dos momentos de grandeza e bondade que temos em nós”. Eu teria virado fã de Jack na hora – mas já era fã dele antes, pelo seu belíssimo trabalho na série Boardwalk Empire, em que ele fez o mais bonito e o mais triste de todos os personagens, um veterano da I Guerra Mundial que perdeu metade do rosto no campo de batalha.

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Veja aqui a crítica do filme

Veja aqui a entrevista com Rodrigo Santoro


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