Queimadas na Amazônia: o caminho da fumaça tóxica até o final da semana
Rio Grande do Sul deverá ser um dos estados mais afetados. Em São Paulo, crise ambiental segue até sexta-feira
A densa camada de fumaça tóxica produzida por incêndios que castigam a região sul da Amazônia e o Pantanal vai manter boa parte do país sob alerta de ar insalubre até o final desta semana, mostram projeções feitas pelo instituto de meteorologia MetSul.
O MetSul utiliza um modelo de dispersão de partículas feito pelo Sistema Copernicus, da União Europeia.
De acordo com especialistas do instituto, o corredor de fuligem que cobre 60% do país e atinge São Paulo com intensidade nesta terça-feira, 10, vai se deslocar nos próximos dias devido à passagem de uma frente fria.
Com a fumaça e a seca intensa que o país enfrenta, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirma que mais de 200 cidades estão experimentando condições climáticas muito semelhantes às de um deserto.
No caminho da densa camada de poluição está o Rio Grande do Sul, que verá a concentração de fumaça aumentar a partir de quarta-feira, 11.
A fumaceira dos incêndios também deverá atingir com mais força o Centro-Oeste na segunda metade da semana, sobretudo a região oeste de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
Já no Sudeste, a situação melhora na quarta, mas volta a se agravar na quinta e na sexta. O espalhamento da fumaça também levará ar insalubre para países vizinhos, como Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Montevidéu e Buenos Aires estão no caminho da fuligem mais densa.
Veja abaixo como será o comportamento da nuvem tóxica nos próximos dias