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Onda de calor cresce e meteorogistas dos EUA alertam: ‘sem precedentes’

O Serviço Nacional de Meteorologia americano pede que moradores do sul tomem precauções contra "condições de calor com risco de vida"

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 jul 2023, 16h02 - Publicado em 10 jul 2023, 15h07
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  • O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos emitiu nesta segunda-feira (10) um aviso de temperaturas recordes para a região sul do país, que há três semanas enfrenta uma onda de calor sem precedentes.

    Na Flórida, toda a região sul, incluindo Miami e Fort Lauderdale, estão sob alerta de temperaturas extremas. A sensação térmica da área vem atingindo 42°C e as condições devem prosseguir até o próximo fim de semana.

    Em Miami, a região quebrou em junho 15 recordes diários de calor, de acordo com o instituto meteorológico WLRN. A prefeitura afirmou que a condição é particularmente perigosa para os 100.000 trabalhadores externos da cidade.

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    O informe avisa ainda que a situação ficará crítica no Arizona, sobretudo na região metropolitana de Phoenix.

    Na cidade, onde vivem 1,6 milhão de pessoas, os meteorogistas advertem que as temperaturas devem atingir valores jamais vistos ao longo da semana até o próximo domingo (16), podendo ultrapassar os 50°C.

    “Estamos prevendo que esta onda de calor continue até a próxima semana e provavelmente depois disso também, rivalizando com algumas das piores ondas de calor que já vimos. As temperaturas estão cinco graus acima do normal na área de Phoenix”, alertou o Serviço Nacional de Meteorologia.

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    O serviço afirmou ainda que as temperaturas da próxima semana vão variar 45 a 48C nos desertos do Arizona e do Novo México.

    Além do reforço na hidratação, as autoridades pedem que se mantenham em ambientes refrigerados sempre que possível, já que os ventiladores não devem dar conta da escalada dos termômetros.

    Também solicitam que se cancelem as atividades ao ar livre durante o dia e que se tenha atenção especial com idosos, crianças e animais de estimação, os mais vulneráveis aos efeitos deletérios do calorão extremo.

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    “As condições atmosféricas que temos observado apontam para uma das mais longas ondas de calor da história”, afirmam os meteorologistas.

    “É essencial que todas as precauções sejam tomadas, pois os residentes vão enfrentar um calor potencialmente fatal e sem precedentes”, diz o alerta.

    O sul dos Estados Unidos e boa parte do México enfrentam uma cúpula de calor, fenômeno meteorológico que impede a circulação de ar a entrada de frentes frias.

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    No Texas, a cidade de Corpus Christi cravou 51°C, recorde parecido com a vizinha mexicana Hermosillo, com 50°C.

    A escalada nos termômetros não se restringe à América do Norte. O efeito estufa e o fenômeno El Niño, que consiste no aquecimento superficial das águas do Oceano Pacífico, vêm adicionando doses extras de calor no planeta, e empurrando máximas para cima mundo afora.

    De acordo o Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, a temperatura média global ficou em 17,23°C na quinta-feira (6), cravando novo recorde de calor do planeta.

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    O número ficou 1,02°C acima do padrão médio para o dia 6 de julho.

    Na segunda-feira (3), a temperatura mundial foi de 17,01°C, superando o maior índice registrado pelos cientistas até aqui, de 16,92°C, em 2016.

    O recorde foi quebrado no dia seguinte, quando foram atingidos 17,18°C, mesma temperatura registrada na quarta-feira (5).

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