Desde o ano passado, o governo brasileiro trabalha em um projeto para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar às mudanças climáticas, que trazem grandes impactos para o meio ambiente, para a economia do país e para a saúde da população. Batizado de Plano Clima, ele vem sendo costurado com representantes de 18 ministérios, da Rede Clima e do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Mas sem a participação da sociedade, o que tem provocado muitas críticas principalmente por parte dos ambientalistas. A boa notícia é que o governo finalmente abriu as portas para sugestões. Por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, o Ministério das Cidades vai receber até 11 de outubro ideias para compor o documento.
O formulário para participação está disponível na página da Rede para Desenvolvimento Urbano Sustentável: redus.org.br .Qualquer pessoa pode participar, respondendo perguntas abertas e de múltipla escolha, que levam 15 minutos para serem preenchidas. A iniciativa assim como a participação é muito importante. O projeto pretende ser um guia de políticas públicas das cidades brasileiras até 2035.
É a partir das demandas da sociedade que o governo irá ter a real noção dos problemas causados pela mudança climática e assim achar soluções compatíveis. São muitos os desafios. Neste ano, o brasileiro ganhou mais experiência no assunto do que poderia imaginar: teve o dobro de queimados do que o registrado no ano passado, enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul (que ainda se recupera do baque) e uma seca extrema que levou a maior cidade do país, São Paulo, a liderar por dois dias consecutivos o ranking de pior ar do mundo.
Diretrizes para a elaboração do Plano Clima
Algumas das principais preocupações do documento:
- Identificar, avaliar e priorizar medidas para enfrentar desastres naturais recorrentes
- Diminuir a vulnerabilidade e a exposição dos sistemas ambiental, social, econômico e de infraestrutura
- Adotar soluções baseadas na natureza
- Monitorar e avaliar as ações previstas
- Adotar processos de governança inclusivos
- Promover a informação, a educação, a capacitação e a conscientização públicas