O fato de pela primeira vez o Brasil ocupar a presidência do G20 tem sido muito favorável, pois dá ao país o privilégio de escolher alguns pontos prioritários das discussões. Além do combate à pobreza e a desigualdade, a mudança climática foi apontada como um dos pontos centrais dos encontros, que começaram na última segunda-feira, 26. Atingir as metas ligadas à mitigação do aquecimento global o comprometimento do Banco Mundial e do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) em investir R$ 15 bi no chamado Fundo Clima do Brasil.
O Banco Mundial e os Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudanças do Clima assinaram um memorando de entendimento, cujo objetivo é impulsionar investimentos públicos e privados relacionados ao clima no Brasil. O documento estabelece a colaboração no desenvolvimento de soluções técnicas e financeiras, que devem apoiar os principais instrumentos de resiliência climática no país, como o Plano de Transformação Ecológica e o Fundo Clima. O Banco Mundial também discutiu a possibilidade de investir US$ 1 bi (R bi) na gestão de resíduos sólidos, em florestas, cidades verdes e resilientes.
“Este memorando de entendimento visa apoiar a implementação do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, ao ampliar projetos cujo foco seja a redução de emissões e o incentivo à economia verde”, disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lembrou que a pasta atua em dois eixos estratégicos do desenvolvimento sustentável: “o enfrentamento dos crimes contra o patrimônio natural do nosso país e a criação de um novo ciclo de prosperidade econômica e social”.
O Banco Internacional de Desenvolvimento também anunciou o investimento de US$ 2 bi (R$ 10 bi) em forma de linha de crédito para o Fundo Clima. Ainda assinou documento com os ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para facilitar a entrada de recursos externos e protegê-los da volatilidade do câmbio.