Mais importante evento sul-americano do audiovisual ligado às temáticas socioambientais, a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema reúne 122 filmes de 24 países. Uma das principais atrações do festival deste ano é o especial emergência climática, que trata de um dos temais mais importantes da atualidade e uma das maiores preocupações do mundo. O ano passado foi o mais quente do planeta desde que os registros começaram em 1850. O aumento da média da temperatura chegou a 1,52° C. Junto com a elevação vieram eventos climáticos extremos, como secas, queimadas e enchentes, que tiveram grande impacto na população em várias regiões do planeta. No Brasil, seca na Amazônia, e enchente do Sul do país. E esse ano, as consequências continuam com desastres ambientais impactantes, como as queimadas no Pantanal, que já consumiram um território equivalente a cinco cidades de São Paulo, do início do ano até hoje.
O especial traz filmes como Arrasando Liberty Square, de Katja Esson, sobre gentrificação climática; Filhos do Katrina, de Edward Buckles Jr, obra premiada no Festival de Tribeca, e que trata os efeitos do furacão Katrina, em Nova Orleans (EUA); e o longa francês Uma Vez Que Você Sabe, de Emmanuel Cappelin, que sobre o iminente colapso do planeta.
Outros temas
Mas há outros temas importantes tratados na programação, como a devastação da Amazônia, o racismo estrutural e a desigualdade social. A grande novidade na edição é a criação da mostra competitiva “Territórios e Memória”, que reúne uma seleção de 27 filmes nacionais. Ela abre espaço para o crescimento de obras audiovisuais brasileiras de caráter socioambiental e também para ampliar as discussões sobre os diferentes territórios do Brasil. Na programação ainda estão previstos debates. A Mostra Ecofalante é gratuita. Em agosto, de 1º a 14º, está em São Paulo, depois parte para outras capitais, como Brasília, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre. Confira a programação completa no site do evento.