
Crise do INSS: um problema antigo da história brasileira
Em 1991, VEJA destacava em sua capa uma reportagem que revelava corrupção na Previdência durante o governo Collor. Mais de trinta anos depois, a crise do INSS tem um novo capítulo com uma CPMI que já começou agitada
Escândalos no INSS não são de hoje. Em 10 de abril de 1991, VEJA revelava fraudes e corrupção dentro da Previdência Social durante o governo Collor, que culminou na demissão do então ministro do Trabalho, Antônio Rogério Magri.
Mais de 30 anos depois, o INSS voltou aos holofotes em abril deste ano, com a Operação “Sem Desconto” da Polícia Federal, que desvendou um esquema bilionário de descontos indevidos feitos por associações e sindicatos sem autorização, afetando aposentados e pensionistas.
O prejuízo estimado é de 6,3 bilhões de reais entre 2019 e 2024, com cerca de 4,1 milhões de beneficiários prejudicados. Na operação, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão, e o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo.
Depois desse episódio, uma CPMI foi instaurada para investigar o caso, que teve início nesta quarta-feira, 20 de agosto, com confusão e vitória da oposição sobre a base do governo no Congresso.
O senador Omar Aziz, aposta do Planalto para comandar os trabalhos, foi derrotado na votação pelo senador Carlos Viana.
Ao assumir o posto, Viana rejeitou a indicação de Hugo Motta para a relatoria e escolheu o deputado da oposição Alfredo Gaspar para a função.
A CPMI do INSS se tornou uma enxaqueca para o governo com uma vitória bolsonarista logo no início.
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