Anos atrás, o cantor Edu Falaschi participou de um festival de rock ao lado de Joe Lynn Turner, ex-vocalista do ‘Rainbow’ e do ‘Deep Purple’. Durante o jantar que se seguiu após as apresentações, Turner alertou Falaschi – que então estava à frente do grupo ‘Almah’ – que ele deveria retomar o trabalho que fez à frente do ‘Angra’, uma das principais bandas da história do heavy metal brasileiro, ao invés de se arriscar num novo repertório.
Deu certo. Falaschi passou a privilegiar o trabalho do ‘Angra’, banda que integrou de 2001 a 2012, e tem colhido bons frutos dessa escolha. O ápice desse momento se dá no dia 04 de maio, quando se une ao maestro João Carlos Martins e à orquestra ‘Bachiana Filarmônica’ – além de vários convidados especiais – para a gravação de um DVD. Falaschi é um dos pontas de lança do chamado metal melódico, gênero que mistura a porradaria do rock com música clássica e temas épicos. O ápice desse momento do vocalista se deu com ‘Temple of Shadows’, álbum do ‘Angra’ de 2003, que contava a história de um guerreiro das Cruzadas que passa por uma crise de fé.
Em entrevista ao VEJA Música. o cantor diz que algumas letras do disco o deixaram incomodado, pois ele é católico convicto – imbrogio que não o impediu de fazer um belo trabalho. Falaschi conta ainda a sua origem, que vem do movimento roqueiro da cidade de Santos, no litoral paulista e de seus novos caminhos musicais. Comenta também os problemas de saúde pelo qual passou – ele teve refluxo gástrico – e que quase interromperam a sua carreira.