Em 2008, a cantora mineira Roberta Campos lançou seu disco de estreia, ‘Para Aquelas Perguntas Tortas‘. Distribuído pela plataforma Creative Commons, que permite o compartilhamento gratuito de obras artísticas, ele acabou por popularizar a artista e a dar os primeiros passos num estilo que hoje foi adotado por vários cantores “fofos”: o folk pop. Roberta confessa que nunca pensou em estar popularizando um gênero, mas hoje essa pegada pode ser percebida em duplas como Anavitória e até o trio Melim – que é mais puxado para o reggae. São melodias dolentes ao violão, que em boa parte falam de relacionamentos. Em dezembro do ano passado, Roberta juntou o melhor do seu cancioneiro e gravou o primeiro DVD de sua carreira. ‘Todo Caminho é Sorte – Ao Vivo’ apresenta as composições de seus quatro álbuns de estúdio, além de três releituras: ‘Casinha Branca’, de Gilson; ‘Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor’, de Lô e Marcio Borges, e ‘My Love’, de Paul McCartney (que ela confessa ter sido um pedido de casamento); Roberta Campos é de Caetanópolis, cidade localizada a 90 quilômetros de Belo Horizonte. Quando adentrou na carreira artística, seus familiares queriam que ela se tornasse uma artista sertaneja. Roberta preferiu seguir seu estilo, um híbrido entre folk pop e a MPB – embora hoje seu repertório tenha aberto espaço para o blues e um pop rock inspirado em bandas como Coldplay. Em entrevista ao VEJA Música, ela fala de suas influências musicais (entre elas Marisa Monte, cujo disco ‘Cor de Rosa e Carvão’ foi trazido pela tia de Belo Horizonte), de como seleciona seu repertório e faz um balanço de seus dez anos de carreira.