VEJA Explica: os caminhos do cinema pós-pandemia
Em março, os cinemas tiveram que fechar suas portas. Nem a TV, nem o VHS, nem as plataformas de streaming esvaziaram as salas de cinema como a pandemia
Com a pandemia do coronavírus, boa parte dos nossos hábitos tiveram de ser revistos e a forma de se consumir cultura é, sem dúvida, uma das mais afetadas. No cinema, as principais companhias ainda discutem como os lançamentos devem ser feitos neste momento e como eles serão no futuro.
Há poucas semanas, a Disney, uma das maiores multinacionais de mídia do mundo, surpreendeu ao anunciar que o filme Mulan, que custou à companhia mais de 200 milhões de dólares, será lançado não nos cinemas mas nas salas de TV, por meio da plataforma da Disney +.
No caminho oposto, Tenet, do consagrado diretor Christopher Nolan e que também amargou vários adiamentos, foi lançado nos cinemas na Europa no dia 26 de agosto e deve estrear nos Estados Unidos no dia 3 de setembro.
Disney e Warner, duas gigantes do setor, apostaram em caminhos diferentes. As duas tentativas podem dar frutos ou fracassar de maneira desastrosa. O cinema nunca teve diante de si um adversário como o coronavírus. Nem a TV, nem o VHS, nem as plataformas de streaming esvaziaram as salas de exibição mundo afora como a pandemia.
O futuro da forma como vemos filmes está sendo traçado. Nas próximas semanas, os resultados de Mulan e de Tenet podem ditar os próximos passos que grandes estúdios e distribuidoras darão.