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Por que a ventilação mecânica é um recurso de alto risco?

Diante da pandemia causada pelo novo Coronavírus, os ventiladores pulmonares são necessários para tratar as vítimas mais graves

Por Redação Atualizado em 17 abr 2020, 17h43 - Publicado em 17 abr 2020, 17h41

Quando o suporte ventilatório é necessário normalmente está disponível apenas em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Para realizar a intubação, o paciente é sedado para atenuar seu desconforto e evitar que tussa, espirre e espalhe o vírus pelo ambiente. A intubação pela traquéia é um recurso utilizado quando a técnica será utilizada por um prazo mais longo, mas exige que o paciente tenha condições de passar por um pequeno procedimento cirúrgico.

O uso de respiradores mecânicos está longe de ser uma intervenção banal. Entre 40% a 50% dos pacientes com dificuldade respiratória grave não sobrevivem ao uso de ventiladores, pois mesmo nas melhores condições de assepsia, o uso contínuo por semanas seguidas em pacientes debilitados se torna um risco para infeções bacterianas. Na cidade de Nova York, as estatísticas da pandemia de coronavírus apontam que 80% dos pacientes que utilizam os ventiladores não resistem ao tratamento.

Um dos momentos mais complexos é o momento da retirada do aparelho, que deve ser gradativo e com o constante acompanhamento da equipe médica, que regula periodicamente o ventilador pulmonar para adequá-lo à necessidade respiratória do paciente. É necessária a interrupção da sedação e teste de respiração espontânea.

Muitos pacientes que saem dos ventiladores sofrem problemas físicos, mentais e emocionais. Muitas das queixas são: falta de ar mesmo com esforço leve, déficits cognitivos, problemas psicológicos, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Ficar no ventilador por quase uma semana pode danificar as cordas vocais, porém o dano provavelmente não seja permanente. Toda complexidade de tratamento de certa forma explica o porquê do combate à epidemia da Covid-19 ser tão difícil.

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