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Alberto Almeida: discurso da ‘velha política’ cria problemas para Bolsonaro

Ao programa Páginas Amarelas, cientista político diz que presidente ficou refém do discurso de campanha e pode inviabilizar o seu governo e a sua reeleição

Oferecimento de Atualizado em 18 jun 2019, 19h03 - Publicado em 18 jun 2019, 18h42

O presidente Jair Bolsonaro poderia ter uma relação melhor com o Congresso e construir para 2022 as condições para uma aliança política mais ampla do que a que a que lhe deu a vitória em 2018, mas ficou refém do discurso que o levou ao poder: o de político antissistema, que não faz o que chama de “velha política”.

É o que defende o pesquisador e cientista político Alberto Carlos Almeida, sócio da consultoria Brasilis e autor de vários livros, entre eles A Cabeça do Brasileiro (2007) e O Voto do Brasileiro (2018), em entrevista ao Programa Páginas Amarelas, da TVeja.

“O discurso de nova política é um discurso que não viabiliza o governo. Você não consegue fazer um governo sem fazer a velha política, ou seja, sem negociar com o Congresso. E não tem nada de velho nisso, é assim que é a política”, disse. “Ao não fazer isso, ele cria dificuldades para o seu governo”, completou.

Na entrevista, Almeida lembra como o seu prognóstico de um embate presidencial em 2018 entre PT e PSDB – como havia sido nas quatro eleições anteriores – foi frustrado pela ascensão de Bolsonaro e de seu PSL, em boa parte conquistando os mesmos votos que antes eram dados aos tucanos.

“Uma coisa se repetiu, os mapas de votações praticamente idênticos. O PT foi votado nas áreas onde sempre foi, pelo mesmo perfil de eleitor que sempre votou no partido. O que aconteceu foi um deslocamento do voto do PSDB para o Bolsonaro”, afirmou. “Ninguém acreditava que o Bolsonaro fosse capaz de fazer isso, mas ele conseguiu encaixar um personagem que teve a ver com a demanda da maior parte do eleitorado”.

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Para ele, no entanto, a relação tortuosa com o Congresso – mesmo com aliados como Rodrigo Maia (DEM-RJ) -, os embates com o Centrão, a inexperiência e as divergências internas de seu partido (“O PSL não é um partido, é um agregado de pessoas”, diz) e o capital político que o PT e a esquerda ainda detêm podem dificultar tanto o governo quanto o projeto de reeleição.

“O governo abdicou de fazer política. Todo governo tem um improviso muito grande, é normal isso, mas dentro desse improviso tem um fio condutor. O Bolsonaro, ninguém sabe. Qual é o fio condutor?”, questiona.

Na entrevista, Almeida também fala sobre João Doria (PSDB)Fernando Haddad (PT), a bandeira Lula Livre, as eleições municipais de 2020, a reforma da Previdência, o pacto entre os Três Poderes e como a democracia tem avançado no mundo, apesar dos solavancos nas últimas eleições, com o avanço de radicais em locais como o Brasil e a Europa.

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