Brasil tem recorde diário e passa de 900 mil casos, diz governo
Foram 34.918 diagnósticos positivos para Covid-19 em 24 horas, a maior medição desde o começo da pandemia; no período, governo registrou 1.282 mortes
O Ministério da Saúde atualizou nesta terça-feira, 16, os dados do avanço da Covid-19 em todo o Brasil. Batendo recorde diário de registros de casos em 24 horas, com incremento de 34.918 novos diagnósticos, o país chegou a 923.189 casos de coronavírus desde o início da pandemia. Em relação ao número de mortes, o país marcou 1.282 novos óbitos no mesmo período, chegando a 45.241 no total. Incidência da doença em todo o país é de 493,3 pessoas a cada 100.000 habitantes. A taxa de letalidade está em 4,9%.
Os números foram inicialmente divulgados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), às 18h, e confirmados pela pasta da Saúde cerca de 20 minutos depois. Em terças-feiras, é comum que os dados sofram um acréscimo de registros acumulados por falta de notificação aos finais de semana, o que faz a média diária sofrer uma alta considerável em relação aos dias anteriores. No dia 9, o número de casos novos era até então o segundo maior da série histórica, com 32.091 registros, um número 8% menor do que o anunciado hoje. O número de óbitos manteve-se em patamar parecido na data: 1.272.
No inicio da tarde de hoje, o estado de São Paulo divulgou seu balanço diário, que apontava para recordes em casos e mortes por coronavírus em toda a região. Nas últimas 24 horas foram registrados 365 óbitos e 8.825 novos diagnósticos positivos de Covid-19, as maiores taxas registradas nas duas séries históricas para SP.
Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, identificaram o primeiro medicamento comprovado a reduzir mortes por coronavírus. Um estudo clínico feito com 6.000 pacientes no Reino Unido mostrou que a dexametasona, um corticoide, apresentou resultados positivos. O corticoide se mostrou eficaz somente em casos mais graves. Em pacientes que receberam ventilação, a quantidade de mortes foi reduzida em um terço. No caso de pacientes que tiveram tratamento apenas com oxigênio, a redução de óbitos chegou a um quinto. Os cientistas disseram que não encontraram benefícios em pacientes que não precisaram de suporte respiratório. Ainda não existem os dados suficientes publicados sobre este estudo, mas parecem ser confiáveis. Esse é o primeiro medicamento que mostrou capacidade de reduzir a mortalidade. É importante ressaltar que a droga usada não teve bons resultados em casos leves ou em uso profilático.