Bolsonaro desautoriza Pazuello sobre pacto por vacina chinesa
Presidente falou que um aporte bilionário sobre um medicamento que não ultrapassou a fase de testes não é justificado e que o povo do Brasil não será cobaia
Nesta quarta-feira, 21 de outubro, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a fechar o pacto de intenção de compra da vacina chinesa Coronavac com o estado de São Paulo. Ontem, Pazuello havia declarado, após reunião com governadores, que a vacina produzida pelo Instituto Butantan seria o “imunizante brasileiro na luta contra o vírus”.
Pela manhã, no Twitter, Bolsonaro falou que um aporte bilionário sobre um medicamento que não ultrapassou a fase de testes não é justificado e que o povo do Brasil não será cobaia. No meio da tarde, afirmou em entrevista que já havia mandando cancelar o protocolo de intenções e que não abre mão de sua autoridade.
Também hoje, um jovem médico de 28 anos que participou dos testes clínicos da vacina de Oxford, principal aposta do Governo Federal, morreu por conta de complicações da Covid-19. Ele estava na linha de frente da batalha contra o coronavírus.
Nas últimas 24 horas, foram 24.818 novos casos de coronavírus e 566 mortes causadas pela doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No total, o país acumula agora 5.298.772 infectados, 155.403 óbitos e 4.756.489 recuperados. A média móvel dos últimos sete dias é de 22.558 casos e de 522 mortes.
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