Um espaço inédito para o ensino de ciência é aberto em Brasília
SESI Lab é inspirado em um museu sediado na cidade de São Francisco e tem formato único no país, daem que visitantes interagem com as atrações
Um dos pilares do conhecimento e fator decisivo de desenvolvimento, o ensino de ciências costuma ser pouco valorizado no país. O resultado dessa deficiência pode ser constado numa comparação com o volume de engenheiros que se formam no Brasil em comparação a outros países emergentes. Enquanto por aqui se formam em média 47 000 desses profissionais a cada ano, a Rússia forma 190 000, a Índia, 220 000 e a China, 650 000. Em um esforço para mudar a maneira como a ciência e a divulgação científica são percebidos pela população, um importante passo foi dado no último dia 30 de novembro, com a inauguração do SESI Lab, um museu interativo sediado em Brasília.
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A atração possui 8 000 metros quadrados de área construída dedicados a compartilhar conhecimento sobre a ciência no ponto central da capital do país, no antigo Edifício Touring Club, icônico prédio projetado por Oscar Niemeyer. Trata-se de um espaço em que crianças de todas as idades se divertem (e aprendem) com máquinas que simulam tornados e brinquedos que exploram as leis da física, química e biologia. No entorno, há mais 3 000 metros quadrados de área verde revitalizada com espécies nativas do Cerrado, instalações interativas e anfiteatro externo para shows, eventos e outras atividades culturais. O resultado é um complexo multiuso com experiências sensoriais a partir de um processo lúdico, divertido, estimulante, participativo, coletivo e democrático.
Há pelo menos uma década, debate-se no meio acadêmico a hipervalorização das artes e humanidades em detrimento das ciências “duras” e da engenharia no Brasil. Iniciativas como o SESI Lab tem o objetivo de mudar essa realidade, no sentido de trazer maior destaque a esse campo do conhecimento. Em 23ª edição, VEJA Insights detalha o projeto do museu, erguido em parceria com uma instituição americana referência mundial no gênero, o Exploratorium, em São Francisco. Em meio a um contexto de dificuldades e escasso apoio oficial, é uma iniciativa alentadora que merece ser conhecida mais de perto.
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