Rede social de Trump tenta mais uma jogada para fugir do fracasso
Truth Social será lançada em formato que permite acesso à plataforma, independentemente do dispositivo do usuário
Lançada em fevereiro, a Truth Social não decolou como se esperava. No início de abril, a rede social do ex-presidente americano Donald Trump registrava 1,2 milhão de downloads. Criada para driblar protocolos contra discursos de ódio e incitação à violência das grandes empresas de tecnologia, a plataforma teve um pico de popularidade nos primeiros quatro dias em que foi colocada à disposição do público. Logo depois disso, a taxa de downloads diários caiu para menos de 100 mil. Para tentar reverter esse cenário, a empresa vai lançar o aplicativo em formato pwa, sigla de progressive web aplication, nome dado a um site desenvolvido para parecer e se comportar como um aplicativo, independentemente da plataforma em que é utilizado.
A Truth Social será lançada no novo formato no fim de maio, disse o presidente-executivo, Devin Nunes, nesta segunda-feira, 2. Em um post na plataforma, Nunes também disse que o aplicativo ainda não foi aprovado pela Google para dispositivos Android. “No fim de maio lançaremos o pwa que permitirá o acesso de qualquer dispositivo”, escreveu Nunes. “Depois disso, lançaremos um aplicativo Android, que está aguardando aprovação do Google!” A disponibilidade nas lojas Google Play e Apple é fundamental para a capacidade de expansão do aplicativo. A empresa controladora da Truth Social, Trump Media & Technology Group (TMTG), foi lançada com a missão de enfrentar as grandes empresas de tecnologia.
Trump voltou a postar no site na quinta-feira. Sua última “verdade” – como as publicações são chamadas na plataforma – datava de 14 de fevereiro. A Truth Social foi uma forma de passar ao largo da resistência imposta por Twitter, Facebook e YouTube, que expulsou Trump de suas plataformas por supostamente incitar ou festejar a violência durante a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, nos Estados Unidos. O Gettr, lançado por Jason Miller, ex-assessor de Trump, possui cerca de 4 milhões de usuários registrados, enquanto o Parler, o mais velho entre os clones conservadores e de direita do Twitter, diz ter cerca de 16 milhões de usuários registrados.