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Putin virtual: quando a realidade imita a ficção (ou seria o contrário?)

Filme de diretor polonês sobrepõe imagens do presidente russo ao rosto de um ator

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jan 2025, 17h30

Preparem-se cinéfilos e entusiastas da tecnologia, porque o diretor polonês Patryk Vega, conhecido por seus filmes sobre o submundo do crime, resolveu dar um passo além e se aventurar no mundo da política internacional –- com uma ajudinha da inteligência artificial, claro. Seu mais novo filme, Putin, que tem pré-estreia hoje, promete levar aos cinemas de 64 países a história do “maior gangster da Rússia”, nas palavras do próprio Vega, utilizando uma tecnologia que, no mínimo, levanta algumas sobrancelhas. O longa é falado em inglês.

A grande sacada? A figura de Vladimir Putin não será interpretada por um ator de carne e osso, mas por um rosto gerado por inteligência artificial, sobreposto ao corpo do ator Sławomir Sobala. Sim, você leu direito. Ao que parece, nem mesmo o melhor dos atores, com a mais elaborada das maquiagens, conseguiria reproduzir a figura do líder russo com a precisão que Vega buscava –- e que o público, familiarizado com a imagem onipresente de Putin na mídia, exige.

Mas calma, antes que você pense que Sobala ficou de fora da jogada, vale ressaltar que o ator se dedicou por dois anos a estudar os trejeitos e a linguagem corporal de Putin, servindo como base para a construção do personagem. A tecnologia, por enquanto, ainda não é capaz de gerar vídeos com a precisão desejada pelo diretor, nem de transmitir as nuances da atuação humana. A IA entra em cena para dar o toque final, o “realismo” necessário à figura do presidente russo.

Obviamente, essa decisão artística de Vega não passou despercebida e gerou um debate sobre as implicações éticas do uso de deepfakes e outras tecnologias de IA no cinema. Afinal, até que ponto a manipulação da imagem por meio da tecnologia é aceitável? As preocupações levantadas pelos atores de Hollywood em 2023, com medo de serem substituídos por corpos gerados por computador, ecoam nesse contexto.

Resta saber se Putin, além da polêmica, conseguirá levar o público a refletir sobre os limites da tecnologia e da arte, ou se ficará apenas como uma curiosidade tecnológica, um experimento que flerta com o bizarro. Só assistindo para saber.

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