Para Lula, Inteligência Artificial não pode ser privilégio

Na segunda sessão do Brics, realizada neste domingo, 6, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxe em seu discurso um dos assuntos mais polêmicos para o futuro da sociedade: o impacto da Inteligência Artificial (IA). Apesar de as novas tecnologias serem bem-vindas e necessárias, elas provocam inquietudes, principalmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. Estima-se que pelo menos 26 milhões de brasileiros não tenham acesso à internet. Enquanto muitos sequer entendem o que é exatamente a IA, várias áreas do mercado aderem aos avanços, que de um lado trazem economia e eficiência, mas, de outro, enxugam vagas de emprego e criam abismos de acesso.

“Ao adotar a Declaração sobre Governança da Inteligência Artificial, o Brics envia uma mensagem clara e inequívoca”, disse Lula. “As novas tecnologias devem atuar dentro de um modelo de governança justo, inclusivo e equitativo.” O presidente expôs a preocupação do avanço se “tornar privilégio de poucos países ou um instrumento de manipulação na mão de bilionários”. Também fez um alerta, que pareceu quase um chamamento, sobre a impossibilidade do progresso nesta área sem a participação do setor privado e das organizações da sociedade civil.

Outro ponto que veio à tona foi o recente movimento dos países do Brics, no sentido de realizar um estudo sobre a possível viabilidade técnica e econômica para a construção de uma rede de comunicação de alta velocidade, por meio de cabos submarinos. Discutida anteriormente pelos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação do grupo, a ideia já faz parte da declaração Final da 17ª Reunião de Cúpula. Lula não só apoia a inciativa como ressaltou no discurso sua importância, uma vez que “aumentará a velocidade e a segurança e a soberania na troca de dados”. Esse tipo de cabo de fibra óptica atualmente no hemisfério norte.

Leia:

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