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Meta segue X e substitui verificação de fatos por ‘notas da comunidade’

Empresa justifica a decisão argumentando que sistema anterior resultou em muitos erros e censura excessiva de conteúdo legítimo

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2025, 16h20 - Publicado em 7 jan 2025, 11h06

A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou mudanças significativas em sua política de conteúdo, adotando um modelo semelhante ao utilizado no X, a plataforma de mídia social de Elon Musk. A principal mudança anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, é a extinção do programa de verificação de fatos por terceiros, que será substituído pelo programa Community Notes (Notas da Comunidade).

A Meta justifica a decisão argumentando que o programa de verificação de fatos, implementado em 2016, resultou em muitos erros e censura excessiva de conteúdo legítimo. Segundo a empresa, os verificadores de fatos, apesar de independentes, possuem seus próprios vieses, levando à moderação de conteúdo que deveria ser considerado discurso político legítimo. A empresa reconhece que “foi longe demais” na criação de sistemas complexos para gerenciar conteúdo, o que gerou frustração entre os usuários.

O novo modelo, inspirado no X de Elon Musk, coloca a responsabilidade de identificar informações falsas ou enganosas nas mãos dos próprios usuários. As Notas da Comunidade serão escritas e avaliadas pelos usuários, exigindo concordância entre pessoas com diferentes perspectivas para evitar vieses. A Meta afirma que não irá escrever ou decidir quais notas serão exibidas.

Inspiração em Trump

Essa mudança está alinhada com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, que marca uma guinada cultural em direção à priorização da liberdade de expressão. Elon Musk, apoiador de Trump, já havia implementado um modelo semelhante no X, demonstrando a influência do bilionário nas decisões da Meta.

Além da mudança na verificação de fatos, a Meta também anunciou que irá permitir “mais discurso” em suas plataformas, removendo restrições sobre tópicos como imigração, identidade de gênero e outros temas que fazem parte do debate público. A empresa argumenta que conteúdos permitidos na TV ou no Congresso não deveriam ser censurados em suas plataformas.

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“Vamos trabalhar com o presidente Trump para resistir a governos ao redor do mundo que vão contra empresas dos Estados Unidos e que queiram censurar mais”, disse Mark Zuckerberg em um vídeo integrado ao comunicado oficial da empresa. “A Europa tem um crescente número de leis que institucionalizam a censura, tornando difícil criar qualquer coisa inovadora por lá. Países da América Latina têm cortes secretas, que exigem que companhias removam conteúdos na surdina. A China censura nossos apps de funcionarem lá. A única forma de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo do EUA.”

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No entanto, a Meta continuará combatendo violações ilegais e de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraude e golpes. A empresa afirma que fará ajustes em seus sistemas para reduzir erros e garantir um maior grau de confiança antes da remoção de conteúdo.

A Meta está promovendo uma mudança significativa em sua abordagem de moderação de conteúdo, buscando priorizar a liberdade de expressão, seguindo o modelo do X, e respondendo à mudança cultural impulsionada pela vitória de Donald Trump. Resta saber como essa nova política impactará o combate à desinformação e o discurso de ódio nas plataformas da empresa.

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