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Mais veloz que o som: como a americana Boom quer popularizar os voos supersônicos

Pela primeira vez, o avião XB-1, desenvolvido pela startup, superou a velocidade Mach 1; empresa defende "voos para qualquer lugar em quatro horas e a US$ 100"

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jan 2025, 16h51

Fundada em 2014, a startup americana Boom surgiu com a ousada proposta de não apenas retomar os voos supersônicos, mas democratizar o acesso a eles. Na terça-feira, 28, a empresa atingiu um marco importante. Sua aeronave XB-1 superou, pela primeira vez, a barreira do som

“Hoje, o XB-1 decolou no mesmo espaço aéreo sagrado onde o Bell X-1 quebrou a barreira do som pela primeira vez em 1947. Estava ansioso por este voo desde que fundei a Boom, em 2014, e ele determina o mais significativo marco alcançado até agora em nosso caminho para levar viagens supersônicas a passageiros em todo o mundo”, afirmou o fundador da empresa, Blake Scholl, em comunicado oficial.

O XB-1, comandado pelo chefe dos pilotos de teste, Tristan “Geppetto” Brandenburg, decolou do Porto Espacial e Aéreo de Mojave e acelerou para Mach 1,122 (velocidade real de 652 nós ou 1.200 quilômetros por hora), cerca de 10% mais rápido que a velocidade do som, aproximadamente 12 minutos após o início do voo de teste.

Antes, a velocidade máxima alcançada pelo XB-1 foi Mach 0.95, logo abaixo da barreira da velocidade do som. A Aeronave já fez 12 voos, todos bem-sucedidos, desde que começou a voar, em março de 2024. O momento é histórico, já que trata-se do primeiro jato supersônico civil construído na América e o primeiro jato supersônico desenvolvido de forma independente no mundo a alcançar tal feito.

O XB-1 é o precursor do Overture, que será o primeiro avião supersônico comercial da Boom. O objetivo da empresa, segundo Scholl, é que qualquer um possa “voar para qualquer lugar do mundo em quatro horas por US$ 100“. O fundador da empresa também acredita que os voos supersônicos vão substituir os voos convencionais completamente nas próximas décadas.

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Segundo Scholl, os voos seriam baratos por conta da eficiência. “Um avião mais rápido é muito mais eficiente em termos humanos e muito mais eficiente em termos de capital. Você pode fazer mais voos, com o mesmo avião e tripulação, reduzindo significativamente todo o custo. Se tivermos aviões mais rápidos, não precisamos de tantos”, disse ele, em entrevista à CNN.

A Boom espera que o Overture esteja em operação até o final da década. Embora ainda esteja longe de se tornar realidade, mais de 130 unidades já foram encomendadas pela American Airlines, United Airlines e Japan Airlines.

A ambição da Boom é que a Overture cumpra mais de 600 rotas internacionais, seja capaz de carregar até 80 passageiros e voe a uma velocidade Mach 1.7 (quase 2.100 quilômetros por hora, praticamente o dobro da velocidade das aeronaves subsônicas da atualidade).

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Outras empresas tentaram reviver os gloriosos tempos de voos supersônicos como o do Concorde, que decolou pela primeira vez em março de 1970 e pousou de forma definitiva em novembro de 2003. Mas até agora nenhuma teve sucesso.

Assista ao voo supersônico do Boom XB-1:

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