Fundador da Huawei diz que EUA ‘subestimam’ sua empresa
Declaração veio pouco após a Casa Branca adiar, até meados de agosto, a proibição de exportações de tecnologia para a empresa
O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, declarou, nesta terça-feira 21, que os Estados Unidos “subestimam” sua empresa e que os planos da gigante das telecomunicações envolvendo a tecnologia 5G não serão afetados por decisões de Washington para bloqueá-lo.
“Os políticos americanos, com sua atual forma de agir, demonstram que subestimam nossa força”, disse Ren em entrevista ao canal estatal CCTV.
Segundo Zhengfei, o grupo tem estoques de chips e “não ficará isolado” do mundo neste sentido.
Na segunda-feira, os Estados Unidos decidiram adiar, até meados de agosto, a proibição de exportações de tecnologia para a Huawei.
Um anúncio do departamento de Comércio revela que o adiamento foi decidido para que a Huawei e seus sócios tenham tempo “para manter e respaldar as redes e equipamentos existentes e atualmente em pleno funcionamento, inclusive as atualizações de software”.
Na última semana, Donald Trump declarou “emergência nacional” para firmar um decreto que proíbe empresas americanas de utilizarem equipamentos de telecomunicações estrangeiros que “coloquem em risco a segurança nacional”.
A Casa Branca disse que a decisão tem o objetivo de proteger o país “dos adversários estrangeiros que exploram cada vez mais as vulnerabilidades da infraestrutura, dos serviços de tecnologia da informação e das comunicações nos Estados Unidos”.
O decreto presidencial visa responder a “atos criminosos favorecidos pela Internet, incluindo espionagem econômica e industrial contra os Estados Unidos e sua população”.
Com o secretário de Estado Mike Pompeo na linha de frente, os Estados Unidos realizam há meses uma ofensiva contra a Huawei, que acusam de espionar para Pequim.
Os Estados Unidos excluíram a Huawei dos projetos de tecnologia 5G em seu território e tentam convencer seus aliados ocidentais a fazer o mesmo, advertindo para os muitos riscos de espionagem por meio da quinta geração da Internet móvel.
(Com AFP)