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Escassez de profissionais de tecnologia faz empresas investirem na formação de funcionários

O Brasil forma por ano 53 mil profissionais da área da Tecnologia da Informação, mas a demanda média por essa mão

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jan 2025, 12h46

O Brasil forma por ano 53 mil profissionais da área da Tecnologia da Informação, mas a demanda média por essa mão de obra é de 159 mil. Por outro lado, as empresas estão cada vez mais reféns das facilidades que os recursos e processos tecnológicos trazem para o desenvolvimento dos negócios. Pesquisa trimestral feita pela Advance Consulting mostra crescimento de 22% do mercado de TI, no segundo trimestre de 2024, e a perspectiva de 21%, para o balanço do ano. A Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais) estima 800 mil vagas no setor em 2025. Não faltam possibilidade para quem quer apostar em uma carreira em alta. “Como a necessidade das empresas é para já, elas resolveram suprir esse déficit, apostando no processo educacional continuado no ambiente de trabalho e, assim, estão virando verdadeiras instituições de ensino”, diz Mariana Achutti, CEO da Newnew, empresa com foco em educação corporativa, e uma das principais referências do setor. Entre seus clientes, está a Vivo, onde há três anos desenvolve programas de educação corporativa. Ali, implantou mais de 800 mil cursos concluídos, que somam 600 mil horas de treinamento. Abaixo a conversa que Mariane teve com a Veja sobre o setor.

 

Como você enxerga a relação entre aprendizado contínuo e empregabilidade no cenário atual? A relação entre aprendizado contínuo e empregabilidade no cenário atual é mais crucial do que nunca. A rápida evolução das tecnologias, juntamente com transformações sociais e econômicas, está tornando algumas habilidades rapidamente obsoletas. Um exemplo disso é o gap de qualificação enfrentado globalmente: 75% das empresas têm dificuldade para preencher suas vagas, um número que sobe para 80% no Brasil, que ocupa a 11ª posição no ranking global da escassez de talentos (Pesquisa ManpowerGroup 2024). Profissionais qualificados em áreas como TI, dados, vendas e marketing, operações, logística e engenharia estão cada vez mais escassos.

Mas a taxa de desemprego ainda é alta, certo? Aí está o paradoxo dessa situação, onde a taxa de desemprego é alta, mas as empresas não encontram os profissionais necessários. Isso reflete a urgência de um compromisso maior com o aprendizado contínuo ou “Lifelong Learning”. A velocidade com que novas demandas surgem no mercado significa que os profissionais não podem mais depender apenas da formação inicial. Manter-se atualizado é uma estratégia de sobrevivência, e as empresas também reconhecem isso.

Por isso passaram a investir em formação? Além de buscar profissionais mais qualificados, a saída para muitas organizações está na postura ativa na formação de seus colaboradores, investindo em programas internos de treinamento e desenvolvimento. Isso se reflete na tendência de contratar com foco no potencial de aprendizado e não apenas na qualificação formal. Esse processo cria um ambiente de troca e crescimento mútuo, onde o desenvolvimento contínuo é incentivado e, em última análise, a empregabilidade dos profissionais é sustentada a longo prazo.

A educação nas empresas virou uma diferenciação diante da concorrência do mercado? Aquelas pessoas e empresas que investirem em uma cultura de aprendizagem contínua estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios da inovação e da transformação digital, garantindo maior adaptabilidade e competitividade no mercado de trabalho.

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Leia:

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+ https://preprod.veja.abril.com.br/economia/o-pais-se-digitaliza-o-avanco-e-os-desafios-do-setor-de-tecnologia-no-brasil

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