Despedida: usuários do TikTok nos EUA se preparam para possível fim do app
A semana na rede social chinesa foi de vídeos de influenciadores se despedindo e tentando migrar o público para outras redes, como YouTube e Instagram
Na quinta-feira passada (9), usuários do TikTok se desesperaram após uma falha na plataforma ter apagado o número de visualizações de seus vídeos. O pânico aumentou ainda mais com as notícias das ameaças do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de bloquear aplicativos chineses, como o TikTok. Não demorou para que usuários, principalmente os influenciadores da rede social, começassem a enviar vídeos de despedida. O clima era um só: foi bom enquanto durou.
Os usuários leais estão apenas aguardando, por enquanto. Mas estão preocupados — compartilhando vídeos de si mesmos chorando (e dançando) com hashtags como #TikTokBan, que tem 212 milhões de visualizações e #SaveTikTok, com 315 milhões de visualizações no aplicativo.
Enquanto o destino do TikTok nos Estados Unidos segue incerto, o recurso para base de jovens usuários do TikTok tem sido migrar a audiência para fora da plataforma. Efeito que veio a calhar para o Instagram que, um mês antes, havia preparado sua rede social com os mesmíssimos recursos que fizeram a fama do TikTok, em um processo de “inspiração” similar ao da função stories, vinda do Snapchat.
Embora existam questões reais de segurança sobre o TikTok, os motivos do governo de Donald Trump são principalmente políticos, o que torna não apenas difícil prever o que Washington decidirá, mas quase impossível retaliar se a proibição ocorrer, disse Justin Sherman, um membro do grupo de estudos Atlantic Council, que se concentra em geopolítica e segurança cibernética.
(Com Reuters)